
Conforme a pesquisa, 25% dos entrevistados confirmaram infec��o pelo SARS-CoV-2, o que leva ao n�mero de 41,95 milh�es de contaminados desde mar�o de 2020.
Comparado aos dados oficiais coletados e divulgados pelo cons�rcio de imprensa at� o �ltimo dia 13 de janeiro, a diferen�a � gritante. N�meros oficiais registram 22,8 milh�es de casos de pessoas com COVID-19 em quase dois anos de pandemia.
Mas a pesquisa Datafolha faz uma ressalva. Enquanto os dados oficiais de casos positivos englobam todas as idades, no levantamento Datafolha o universo consultado � de quem tem mais de 16 anos. O que confirma uma subnotifica��o mais alarmante ainda no Brasil.
Os dados do Datafolha, ali�s, apontam ainda que a subnotifica��o s� cresce. A pesquisa indica ainda que 3% dos entrevistados disseram ter COVID-19 nos �ltimos 30 dias, o que representa 4 milh�es de pessoas. O n�mero � o seis vezes o que indicam os registros oficiais no mesmo per�odo (62.530 casos positivos).
Especialistas apontam que tamanha diferen�a tem rela��o com o apag�o diante do ataque de hackers aos sistemas do Minist�rio da Sa�de, somado a chegada da variante �micron no pa�s.
Outro sinal de alerta percebido na pesquisa do Datafolha � que o n�mero de pessoas com sintomas que podem ser de COVID-19 � enorme, bem maior do que daqueles que dizem ter sido infectado pelo SARS-CoV-2. Dos entrevistados, 30% disseram ter tido tosse e nariz entupido, 22% relataram febre e 9% falta de ar nos �ltimos 30 dias. Dados preocupantes, j� que apenas 17% dos entrevistados foram fazer exame para saber se t�m a doen�a.
Em mais um recorte da pesquisa, o Datafolha comprovou que a classe de maior renda testou mais positivo: 37%, com renda superior a 10 sal�rios m�nimos, confirmaram o diagn�stico. E quem recebe at� 2 sal�rios, 19% foram infectados.
A pesquisa tamb�m mostrou que os jovem t�m sido mais contaminados. S�o 28% na faixa entre 16 e 24 anos; 29% entre 25 e 34 anos e 31% entre 35 e 44 anos. A propor��o cai para 25% entre 45 e 59 anos, assim como para 60 anos ou mais.
A pesquisa � mais uma alerta sobre o grande problema do Brasil, desde o in�cio da pandemia, que � a precariedade quanto a testagem da popula��o. Sem testar � imposs�vel ter uma vis�o real do v�rus no pa�s e, assim, n�o h� controle ou ideia do tamanho do problema, da gravidade da situa��o. Sem falar que o pa�s n�o tem sequer padroniza��o para envio de dados de testes positivos para serem contabilizados pelo governo federal, conforme especialistas, al�m daqueles feitos de forma r�pida em farm�cias ou unidades volantes que n�o entram nas estat�sticas oficiais.
Vale registrar que a pesquisa ocorreu entre os dias 12 e 13 de janeiro com 2.023 pessoas em todos os estados. Com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.