Monique Medeiros, m�e do menino Henry Borel, morto em mar�o do ano passado no Rio de Janeiro, relatou que o padastro do menino, o ex-vereador Jairinho, tinha o h�bito de a enforcar durante as rela��es sexuais do casal. Ela chamou o ato de "ritual sexual" e disse que ele fazia isso para demonstrar poder. As declara��es foram dadas durante depoimento de Monique, na quarta-feira, em audi�ncia de instru��o. Nesta primeira fase do julgamento, a ju�za do caso decidir� se o casal vai a j�ri popular, analisando se h� prova da materialidade e ind�cios suficientes da autoria de crime contra a vida.
Dr. Jairinho e Monique falaram pela primeira vez sobre o crime em depoimento. Um de cada vez, os dois relataram todos os acontecimentos do relacionamento dos dois nos meses que antecederam a morte de Henry. Jairinho falou primeiro na parte da manh�, mas foi vetada a transmiss�o em v�deo do depoimento. Durante o depoimento, Monique definiu a personalidade de Jairinho como controlador. “Eu tinha que namorar com ele para ele se acalmar. Sen�o, ele n�o se acalmava, continuava gritando, gritando e gritando sem parar. Era sempre na cama, em cima de mim, me enforcando, n�o de modo que eu estava sendo torturada, mas como se fosse uma posse, um controle at� na hora de estar namorando comigo”, afirmou. No depoimento, Monique tamb�m relatou a primeira vez em que foi agredida pelo ent�o namorado. "Ele pulou o muro na minha casa e abriu o meu celular pra ver a minha conversa com o Leniel (pai de Henry). Acordei sendo enforcada do lado do meu filho", relatou.
O depoimento durou cerca de 10 horas. A professora afirmou que vivia um relacionamento abusivo com Jairinho, mas evitou culp�-lo pela morte da crian�a. “N�o sei o que aconteceu (na morte de Henry), s� quem poderia saber foi quem me acordou: o Jairinho”, disse. Jairinho disse que ficaria calado, mas acabou falando por alguns minutos. Ele usou o tempo para negar o crime e pedir uma nova data para um depoimento. A ju�za marcou uma nova data para 16 de mar�o. “Juro por Deus que n�o encostei a m�o em um fio de cabelo do Henry”, afirmou.
Ele s� falar� sobre o caso ap�s as an�lises das imagens das c�meras do IML no dia da morte de Henry, do atendimento no hospital, o raio-x feito na crian�a e o confronto entre os peritos oficiais do caso e os peritos contratados por ele. O casal � acusado de ter matado o menino Henry Borel, de apenas 4 anos, no apartamento em que viviam, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Ap�s a fase das alega��es finais, a ju�za Elizabeth Louro definir� se os dois v�o ou n�o a j�ri popular pela acusa��o de homic�dio.