
Dos dias errantes na rodovi�ria de Planaltina a um dos assuntos mais comentados nas redes sociais em todo pa�s. Givaldo Alves, 48 anos, ficou conhecido ao ser flagrado, no �ltimo 9 de mar�o, mantendo rela��es sexuais com uma mulher, dentro de um carro, em Planaltina, e ser descoberto pelo marido dela, um personal trainer, que reagiu com viol�ncia, acusando-o de estuprar a esposa dele. Givaldo chegou a ser internado por conta das agress�es, mas, recuperado, e, atualmente, vivendo em um abrigo da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), ele tem dado sua vers�o sobre o epis�dio.
Em entrevista, ele negou com veem�ncia que tenha se aproveitado da mulher. Isso porque, quando o assunto veio a p�blico, o personal informou que a mulher estava em surto e passava por problemas psicol�gicos. "Eu n�o tenho medo de nada, porque eu n�o fiz nada. Minha fam�lia est� preocupada achando que eu vou morrer aqui em Bras�lia, mas do nada eu resolvi falar mesmo do jeito que estou (machucado). N�o tenho o que temer porque eu sei que n�o fiz nada do que est�o falando, e as c�meras de seguran�a v�o provar", garantiu Givaldo, que vive em situa��o de rua.
Ele afirma que no dia em que tudo aconteceu seguia para um rio, pr�ximo a rodovi�ria da cidade, onde tomaria banho. No caminho, ele afirma que encontrou duas mulheres segurando b�blias e rezando pela vida de quem solicitasse. "Nesse momento eu encontrei a mo�a que est� comigo na m�dia, e uma mulher mais velha que ela. Eu pedi que elas rezassem por mim. Elas fizeram isso, me deram uma b�blia que acabei colocando na bolsa, e segui meu caminho. Quando terminei o banho voltei para o centro de Planaltina e fui abordado pela mo�a na rodovi�ria", diz Givaldo.
A abordagem teria sido insistente, segundo ele, e s� teria parado ap�s ser interpelado repetidas vezes. Ele ent�o reconheceu a mulher que havia encontrado antes, mas que estaria com roupas diferentes. "Eu fiquei em d�vida se estava me chamando mesmo. Ent�o eu perguntei como eu poderia ajudar, e quando ela me alcan�ou, falou que queria namorar comigo", contou.
Incr�dulo, Givaldo teria respondido que era "morador de rua e que n�o teria nada a oferecer". Mesmo assim, ela teria afirmado que n�o queria dinheiro, mas namorar. "Novamente eu falei para ela que n�o tinha dinheiro, e que mesmo andando limpo, eu n�o tinha nada e nem dinheiro para pagar um hotel. Nesse momento, ela perguntou se o ato sexual n�o poderia acontecer no carro dela. A� eu disse, que se ela nunca tinha calado um homem, al� ela tinha conseguido. Ainda bem que tudo aconteceu em ambiente p�blico, porque se n�o fosse assim, eu estaria ferrado", falou.
Caminho
Em situa��o de rua h� um ano e dois meses, Givaldo contou que decidiu sair de casa depois que terminou um relacionamento. O objetivo dele era chegar em Goi�nia para encontrar a irm�. Por�m, ele acabou vivendo como errante e passou pelos estados do Tocantins e Minas Gerais, antes de chegar ao Distrito Federal.
Ele afirma que n�o imaginava que o suposto encontro causasse tanto alvoro�o e sustenta que, no interior do ve�culo, os dois conversaram bastante, e trocaram informa��es sobre a sua fam�lia, que teria mostrado foto da filha, de 28 anos, que mora em S�o Paulo. Ap�s o bate papo, ele perguntou se ela estava mesmo com vontade de namorar, pois se sim, a dupla teria que encontrar um local mais reservado. "Quando acabamos o ato, ficamos abra�ados e do nada um homem chegou esmurrando o vidro do carro", lembrou. Foi nesse instante que Givaldo come�ou a viver o que diz ser um "pesadelo".
"Eu vi o cara passar pela frente do carro. Quando ele chegou na porta do motorista, me coloquei de p� do lado de fora, e questionei o que estava acontecendo. Nessa hora eu levei uma sess�o de socos t�o grande da cabe�a para baixo, que s� consegui fechar a porta e sentar. Eu pedi para ela jogar a minha cal�a, e ningu�m trocava uma palavra, eles n�o falavam nada. Por isso s� passei a cal�a no rosto, me vesti e fui pedir ajuda no hospital, porque eu n�o conseguia mais ficar em p�. Minha vida mudou a partir da�", afirmou Givaldo.
Apesar da situa��o em que n�o se julga culpado, ele afirma que n�o tem raiva do marido, que teria agido por impulso. "Eu nunca estuprei ningu�m e nunca faria isso. N�o preciso agir com subterf�gio. Olhem as c�meras. Eu estive em um carro vermelho, no final da tarde, e nunca me bateram enquanto eu estava no ch�o. Os socos que eu tomei eu estava de p�. Quando ela disse que n�s est�vamos na porta de sua casa, eu s� n�o entendi. Uma coisa que voc� n�o faz, voc� n�o tem o peso e eu acredito muito na justi�a. Gosto muito dela, e o marido s� n�o sabe o que fez", revelou Givaldo, ao explicar sobre o que tem sido veiculado na m�dia.
At� o momento, o morador de rua n�o compareceu � delegacia e n�o possui contato com o casal. A 16ª Delegacia de Pol�cia investiga o caso.