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Estado de Minas ACIDENTE

Apenas metade da popula��o usa cinto no banco de tr�s

Acidente com o ex-BBB Rodrigo Mussi exp�e condutas que elevam riscos de ferimentos e mortes no tr�nsito


01/04/2022 16:43 - atualizado 01/04/2022 19:17

Carro acidentado em via
Acidente que vitimou o ex-BBB Rodrigo Mussi exp�e neglig�ncia do uso do cinto de seguran�a no banco traseiro (foto: Reprodu��o / Record TV)

O acidente que vitimou o ex-BBB Rodrigo Mussi na quinta-feira � noite (31/3) exp�e um problema grave � seguran�a vi�ria: a neglig�ncia do uso do cinto de seguran�a no banco traseiro. Rodrigo sofreu fraturas m�ltiplas, traumatismo craniano e est� internado em estado grave no Hospital das Cl�nicas, em S�o Paulo.

Rodrigo Mussi
Os dois airbags do ve�culo foram acionados no acidente. Rodrigo que n�o estava usando cinto de seguran�a, foi arremessado para fora do carro (foto: Reprodu��o / Instagram)

O ex-BBB viajava em um carro de motorista de aplicativo que perdeu o controle e bateu o ve�culo na traseira de um caminh�o. Segundo informa��es preliminares, Rodrigo estava sem cinto de seguran�a no banco de tr�s. Em entrevista, o motorista afirmou n�o se lembrar de como o acidente aconteceu e disse acreditar que tenha cochilado. Com o impacto, Rodrigo foi projetado para fora do carro.
Uso do cinto de seguran�a � fundamental
Apesar da obrigatoriedade prevista no C�digo de Tr�nsito Brasileiro, apenas 54,6% da popula��o usam o cinto de seguran�a no banco traseiro, segundo a Pesquisa Nacional de Sa�de (PNS) do IBGE, divulgada em 2021. J� nas �reas rurais, o �ndice cai para apenas 44,8%. Ainda de acordo com a pesquisa, o uso correto do equipamento por todos os ocupantes do ve�culo pode reduzir em at� 70% as mortes e les�es graves.

"Os passageiros t�m a falsa sensa��o de que o banco da frente serve como prote��o em caso de acidente. S� que a for�a que uma pessoa recebe em uma colis�o � cerca de 35 vezes o seu peso e n�o h� banco que possa par�-la. Quando h� uma pessoa no banco da frente, o resultado pode ser ainda mais grave, pois o passageiro projetado com o impacto, esmaga a pessoa sentada � frente e os dois podem ficar gravemente feridos", explica Alysson Coimbra, diretor cient�fico da Associa��o Mineira de Medicina do Tr�fego.

Falta de regulamenta��o da atividade dos motoristas de apps


Outro problema que merece aten��o do poder p�blico � a regulamenta��o das jornadas de trabalho dos motoristas de aplicativo. "Diante das altas consecutivas do combust�vel, o rendimento dos motoristas caiu e isso acaba os obrigando a dobrar jornadas para ter uma remunera��o minimamente digna", coloca.

Embora ainda n�o seja poss�vel afirmar h� quanto tempo ele estava dirigindo, o motorista admite que cochilou ao volante, um sinal de cansa�o. "Como a atividade de motorista de aplicativos n�o � regulamentada, n�o se aplica a esses profissionais a lei que estabelece pausas para descanso durante e entre as jornadas de trabalho", completa Coimbra.

Em mar�o de 2020, a Uber adicionou um recurso que impede que os motoristas do aplicativo permane�am mais de 12 horas online conduzindo o ve�culo. Quando o limite � atingido, o app suspende o motorista da plataforma pelas pr�ximas 6 horas. J� o aplicativo 99, que mediava a viagem de Rodrigo Mussi, n�o tem o mesmo mecanismo ou qualquer outro que limite o tempo que o motorista permanece fazendo corridas.

Outro impasse � que alguns motoristas utilizam mais de uma plataforma para mediar suas viagens. Assim, mesmo que ele seja suspenso de um app, ele poder� migrar para outro, um costume comum entre os motoristas de aplicativos para garantir maior rentabilidade.

Vale destacar que 90% dos acidentes de tr�nsito s�o provocados por fatores humanos, revelam dados do Observat�rio Nacional de Seguran�a Vi�ria. "Quando o passageiro contratar um servi�o de transporte, al�m de usar o cinto de seguran�a, � imprescind�vel ficar atento durante todo o percurso. Ao m�nimo sinal de imper�cia do motorista ou altera��o em seu estado geral, interrompa a viagem e busque abrigo em local seguro. Essa certamente � uma decis�o que salva-vidas", completa o m�dico especialista em Medicina do Tr�fego.


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