O mercado financeiro aguarda com aten��o o julgamento do modelo de capitaliza��o da Eletrobras, nesta quarta-feira, pelo Pleno do Tribunal de Contas da Uni�o (TCU). A sess�o do tribunal come�a �s 14h30, com transmiss�o pelo YouTube. A expectativa do governo � de que a mat�ria, cujo processo est� sob vistas do ministro Vital do Rego Filho, seja aprovada pela maioria dos ministros. Se isso ocorrer, a capitaliza��o, que resultar� na transfer�ncia do controle da empresa para a iniciativa privada, deve come�ar em junho, de acordo com o CEO da estatal, Rodrigo Limp.
Ontem, o ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, deu seguimento � maratona de reuni�es com integrantes do TCU, entre os quais o relator do processo, Aroldo Cedraz. E, ap�s encontro com o ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou estar confiante na privatiza��o.
A an�lise do processo, iniciada em abril com a apresenta��o do voto de Aroldo Cedraz, foi adiada com o pedido de vistas de Vital do R�go Filho, que j� adiantou que votar� contra o processo. T�cnicos do Executivo, por�m, avaliam que os demais ministros do TCU dever�o aprovar a capitaliza��o. A interlocutores, Adolfo Sachasida disse acreditar que a privatiza��o ocorrer� antes de agosto, quando tudo se tornar� mais dif�cil, devido ao calend�rio eleitoral. "O ministro est� tranquilo. Ele acredita no projeto", informou uma fonte.
O CEO da Eletrobras, Rodrigo Limp, disse que a data limite para fazer a opera��o com base nos resultados financeiros do primeiro trimestre � agosto de 2022. Segundo ele, eventuais disputas judiciais com efeitos financeiros n�o dever�o interromper a privatiza��o da empresa.
Entre os problemas que podem travar o processo est� o aumento de capital da hidrel�trica de Santo Ant�nio, no rio Madeira, em Rond�nia, para que a empresa possa fazer frente a uma decis�o arbitral desfavor�vel. Limp evitou comentar sobre a disposi��o de outros acionistas do empreendimento em acompanhar o aumento de capital, mas lembrou que a estatal j� havia admitido a possibilidade de se tornar acionista majorit�ria caso os demais s�cios n�o fa�am o aporte.
A subsidi�ria da Eletrobras Furnas tem a maior fatia do capital da Madeira Energia (43,06%), que controla a concession�ria de Santo Ant�nio, uma das maiores hidrel�tricas do pa�s. Al�m de Furnas, s�o acionistas da Madeira Energia a Novonor (antiga Odebrecht, com 18,25%), Caixa FIP, Amaz�nia Energia (19,63%), SAAG (ve�culo da Andrade Gutierrez, com 10,53%) e Cemig (8,53%). At� o momento, apenas a Cemig declarou que n�o acompanhar� o aumento de capital. Caso se torne acionista majorit�ria, a Eletrobras passar� a incorporar a concession�ria em balan�o, o que impactar� seu endividamento.