
Na den�ncia, o homem relata que, mesmo se o carro for novo, ele sempre estar� “destru�do”. “Somos todos incentivados para vender, vender e vender em grupos do zap (whatsapp), e todos sabem que assim querem fazer com o cliente, que pague tudo que conseguir, arranca deles. S� falam em margem, margem de lucros”, desabafou.
O ex-funcion�rio tamb�m acusa os propriet�rios da Grid de administrarem outras lojas no DF e cometer os mesmos crimes. Por fim, o homem disse que se arrepende por ter, de certa forma, participado de certas situa��es na empresa.
A diretora-geral substituta do Procon, Vanessa Pereira, explica que, em regra, os clientes chegam � loja para fazer um servi�o, como, por exemplo, trocar pneus. Na ocasi�o, o estabelecimento oferecia uma s�rie de outros servi�os alegando que os ve�culos estavam com ‘n’ problemas, cobrando valores para manuten��es que os carros dos consumidores n�o precisavam. “Na maioria das vezes, eles n�o realizavam esses servi�os extras que foram cobrados, at� porque os ve�culos sequer tinham, de fato, os problemas apontados. Encontramos ordem de servi�o no valor de R$ 20 mil para um Celta, praticamente o valor do autom�vel”, detalhou.
Durante a opera��o, os fiscais do Procon encontraram v�rios ve�culos para manuten��o sem qualquer or�amento ou ordem de servi�o. Tamb�m n�o existia tabela de pre�o �nica para os consumidores. O Procon identificou, verificando as notas fiscais, que as lojas aplicavam pre�os diferentes para o mesmo tipo de servi�o para cada cliente, de acordo com o perfil.
Reclama��es
Segundo o Procon, entre as queixas dos consumidores est�o a venda casada de produtos e servi�os; a negativa de presta��o de servi�os sem justificativa; a realiza��o de servi�os sem solicita��o pr�via; a indu��o de consumidores ao erro se prevalecendo da vulnerabilidade de idosos; a exig�ncia de valores abusivos por servi�os prestados sem or�amento pr�vio e sem autoriza��o expressa dos consumidores; publicidade enganosa, entre outros.
Com a decis�o do Procon, as lojas est�o com as atividades interditadas por tempo indeterminado. A empresa tem direito a apresentar defesa, sem efeito suspensivo da interdi��o, em at� 10 dias a partir desta ter�a (24/5). A reportagem tenta localizar a defesa do estabelecimento. O espa�o permanece aberto para manifesta��es.