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Estado de Minas GOLPE DO PIX

Mulher acusada de golpe do Pix diz ser v�tima de vingan�a de homem

Segundo ela, um t�cnico terceirizado do Minist�rio da Mulher teria tentando se vingar dela, ap�s ter se negado a manter rela��es sexuais com ele


23/06/2022 15:09 - atualizado 23/06/2022 15:29

Mulher descendo as escadas
A mulher acredita que o homem tenha se revoltado ap�s ela se negar manter rela��es sexuais com ele (foto: Darcianne Diogo/CB/D.A Press)
Indiciada pela Pol�cia Civil do Distrito Federal (PCDF) por estelionato, a mulher suspeita de seduzir homens, fazer propostas de cunho afetivo e sexual para pedir dinheiro por meio de Pix nega os crimes. Em entrevista concedida ao Correio, Ana Paula Santos do Nascimento, 30 anos, alega ter sido v�tima de uma vingan�a por parte de um homem ao se negar a manter rela��es sexuais com ele. A reportagem apurou que o rapaz citado pela estudante de servi�o social � um t�cnico administrativo terceirizado do Minist�rio da Mulher, da Fam�lia e dos Direitos Humanos (MMFDH).

 

As investiga��es conduzidas pela 13ª Delegacia de Pol�cia (Sobradinho) come�aram ap�s um homem registrar boletim de ocorr�ncia alegando ter sido v�tima de estelionato amoroso. Em depoimento, o rapaz disse que Ana o seduziu com falsas promessas de cunho amoroso e pedia dinheiro frequentemente para gastos sup�rfluos, como sal�o de beleza, bronzeamento artificial e compras de roupas. Em mensagens enviadas por aplicativo, colhidas pela pol�cia, a jovem diz: "Ent�o me d� o bronze para eu fazer amanh� cedo. � R$ 159. J� vou marcar. Transfere o valor do bronze".

As den�ncias s�o confrontadas pela mulher. Ao Correio, ela conta que conheceu o denunciante, de 30 anos, em mar�o e os dois conversaram por quatro semanas. "Ele achou meu Instagram pelo Tinder (aplicativo de relacionamentos) e, por duas semanas, insistiu para sairmos. Aceitei, mas disse que n�o tinha condi��es, at� porque ele mora em Sobradinho, e eu em Ceil�ndia. Ent�o, pedi para que pagasse o Uber e o sal�o. Ele concordou numa boa", afirma.
 
De acordo com a acusada, o primeiro encontro do casal ocorreu na companhia de mais duas amigas da jovem, em uma universidade de �guas Claras. Segundo ela, o homem se interessou de imediato por uma das colegas dela e se disponibilizou a pagar a conta dos comes e bebes de todas. Por quatro finais de semana, os dois sa�ram. Numa segunda vez, em um dos bares da capital, a mulher relata que o rapaz fez v�rias transfer�ncias de dinheiro para a conta dela. "Est�vamos indo para lugares diferentes e ele depositou para mim, para eu chamar o carro de aplicativo. Os extratos mostram isso."

Como foi o golpe do Pix


Ana Paula conta que, o fato de se negar a beijar e a manter rela��es sexuais com o homem, pode ter causado revolta nele. No pen�ltimo encontro, em uma casa de shows do Setor de Ind�stria e Abastecimento (SIA), a mulher relata que se encontrou com outros amigos e chamou o t�cnico para sentar na roda, mas ele teria ficado com raiva e voltado para a casa. "Ele virou para mim e disse que havia feito o Pix do bronzeamento, mas que ainda n�o tinha visto o resultado."

No final de semana seguinte, de acordo com Ana, os dois estiveram num evento realizado na casa de uma das amigas dela. Na festa, o t�cnico teria oferecido Pix a todas as mulheres, menos � ela por ainda estar com raiva. "Tudo que ele fez de Pix para mim deu, no total, R$ 576." No �ltimo encontro, em um bar do Sudoeste, a jovem diz que bebeu apenas uma dose e saiu para outro lugar mas que, em depoimento, o homem alegou que teria gastado R$ 840 com ela. "N�s nem est�vamos conversando direito. Eu retornei depois apenas para ir embora com minha amiga. Ele n�o pagou absolutamente nada para mim", defendeu.

O delegado respons�vel pelo caso, Hudson Maldonado, afirma que pelos menos outras duas v�timas ficaram envergonhadas e n�o registraram ocorr�ncia. Segundo o investigador, um dos homens chegou a perder todo o sal�rio do m�s
(R$ 1,2 mil) e, em outro caso, um rapaz foi amea�ado e precisou transferir um valor para n�o ter fotos �ntimas divulgadas. "Em meio �s conversas por WhatsApp regadas � sedu��o e fotos ousadas surgem solicita��es de Pix, a pretexto de arrumar o cabelo no sal�o, comprar roupas para encontros e bronzeamentos. As promessas v�o aumentando cada vez mais e, ap�s perceber que caiu em um golpe, a v�tima se afasta e fica com vergonha de si mesmo e de denunciar", explicou.
 
Ana se defende. "N�o existe esse neg�cio que eu amea�ava ele de soltar fotos �ntimas caso n�o me pagasse e n�o acumulei dinheiro com golpe. Ele simplesmente se revoltou por eu n�o ter feito sexo. Eu simplesmente impus uma condi��o e ele aceitou", alegou.

Advogado de Ana, Thiago S�, afirma que "o fato demonstra a institucionaliza��o da torpeza do pr�prio denunciante que, insatisfeito por n�o ter sua inten��o sexual atendida, ao que tudo indica, est� se utilizando do aparato policial para constranger mulher honesta como sua vingan�a pessoal". E completa: "trata-se de homem casado, com ensino superior completo, formado em administra��o e que inclusive labora no Minist�rio da Mulher, desta feita, a v�tima ir� tomar todas as provid�ncias civis e criminais cab�veis, inclusive para apurar suposta denuncia��o caluniosa ou informa��o de falso delito, vez que o fato informado �s autoridades � evidentemente at�pico". 
 


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