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Estado de Minas O M�DICO E O MONSTRO

O que se sabe sobre caso de estupro por anestesista durante parto no Rio

M�dico Giovanni Quintella Bezerra foi preso ap�s funcion�rios da unidade o filmarem durante ces�rea. Ele foi indiciado pela pol�cia por estupro de vulner�vel


12/07/2022 13:33 - atualizado 12/07/2022 13:34

Mulher grávida em hospital
Anestesista foi acusado de estupro contra paciente ap�s ser filmado por enfermeiros (foto: Getty Images)

Um m�dico anestesista foi preso na madrugada de segunda-feira (11/7) ap�s ser acusado de estuprar uma paciente enquanto ela estava dopada e passava por um parto no Hospital da Mulher Heloneida Studart, em S�o Jo�o de Meriti, no Rio de Janeiro.

 

 

 

Segundo a Pol�cia Civil, a pris�o foi feita em flagrante pela Delegacia de Atendimento � Mulher da cidade porque o crime foi registrado em v�deo.

Os agentes foram acionados depois que funcion�rios da unidade de sa�de desconfiaram da postura do anestesista e o filmaram durante uma cesariana.

O m�dico foi identificado pelas autoridades como Giovanni Quintella Bezerra.

Segundo o portal de not�cias G1, que teve acesso ao v�deo do momento do crime, ele teria passado seu p�nis no rosto e na boca da paciente enquanto ela estava sob anestesia.

 

A pol�cia afirmou que Bezerra foi indiciado por estupro de vulner�vel. A pena � de 8 a 15 anos de reclus�o.

Em nota ao G1, os representantes legais de Bezerra na ocasi�o disseram que se manifestariam ap�s ter acesso a depoimentos e provas relacionados ao caso.

 

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Posteriormente, o advogado informou � BBC News Brasil que se retirou do caso, e a reportagem ainda n�o conseguiu localizar os novos representantes de Bezerra.

O que aconteceu?

Segundo a Pol�cia Civil do Estado do Rio de Janeiro, Bezerra � acusado de ter estuprado a v�tima enquanto ela dava � luz.

No v�deo divulgado pelo G1, a paciente est� deitada na maca, inconsciente. Um len�ol, sempre usado em cesarianas, separa seu tronco de suas pernas.

 

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Nas imagens � poss�vel ver, do lado esquerdo do len�ol, a equipe cir�rgica do hospital fazendo a ces�rea.

Enquanto isso, do lado direito do len�ol, a menos de um metro de dist�ncia dos colegas, um homem que o v�deo identifica como o anestesista se posiciona perto do rosto da paciente.

 

Segundo o portal, ele teria aberto o z�per da cal�a, puxado o p�nis para fora e introduzido na boca da mulher.

Ainda de acordo com o portal, a viol�ncia teria durado dez minutos. Ao final, ele teria pegado um len�o de papel e limpado a v�tima para esconder os vest�gios do crime.

Como foi feita a filmagem?

O v�deo foi gravado e entregue � pol�cia por enfermeiros da unidade.

 

Os funcion�rios esconderam o celular na sala de cirurgia depois de desconfiarem da quantidade de sedativo usado pelo anestesista em outras ocasi�es e da movimenta��o dele pr�ximo a pacientes durante os procedimentos.

Segundo o G1, os funcion�rios do hospital trocaram a sala de parto para conseguir filmar o flagrante. No domingo (10/7), o m�dico j� tinha participado de outras duas cirurgias em salas onde a grava��o escondida seria invi�vel.

Como ocorreu a pris�o?

Segundo a Pol�cia Civil, a equipe que realizou a pris�o foi acionada para verificar a informa��o de que o anestesista havia sedado uma paciente em cirurgia de cesariana e abusado dela.

"Imediatamente, os policiais foram � unidade hospitalar e apuraram que, desconfiadas da postura do m�dico, as enfermeiras resolveram colocar um aparelho de telefone celular para registrar o que o ele fazia durante as cirurgias", diz a nota divulgada pela corpora��o.

Em um v�deo do momento da pris�o divulgado pelo G1, o m�dico demonstra surpresa ao receber voz de pris�o da delegada B�rbara Lomba e ao tomar conhecimento de que tinha sido gravado abusando da paciente.

Frascos do sedativo utilizado foram apreendidos, e funcion�rios do hospital prestaram depoimento na delegacia.

As investiga��es apuram se o m�dico teve outras condutas criminosas.

Quem � o m�dico?

Segundo a Secretaria de Estado de Sa�de do Rio de Janeiro, Giovanni Quintella Bezerra � m�dico anestesista e prestava servi�o h� seis meses como pessoa jur�dica para o Hospital da Mulher Heloneida Studart e outros dois hospitais da regi�o - o Hospital Estadual da M�e de Mesquita e o Hospital Get�lio Vargas.

 

"O m�dico n�o � servidor do Estado", afirmou a Secretaria em nota. Ele tem t�tulo de especialista em anestesiologia e registro profissional regular.

 

A dire��o do Hospital da Mulher abriu uma sindic�ncia interna para tomar as medidas administrativas e notificou o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj).


Grávida em hospital
As investiga��es seguem para apurar outras poss�veis condutas criminosas do m�dico (foto: Getty Images)

Em nota, a Cremerj confirmou que recebeu as den�ncias e abriu imediatamente um procedimento cautelar para suspens�o imediata do m�dico, devido � gravidade do caso.

"Tamb�m est� sendo instaurado processo �tico-profissional, cuja san��o m�xima � a cassa��o do exerc�cio profissional do m�dico", disse o �rg�o.

Procurado, o Conselho Federal de Medicina (CFM) informou que caber� ao Cremerj a tomada de provid�ncias sobre o caso, conforme o previsto na legisla��o brasileira.

Em nota enviada ao G1, a defesa do m�dico afirmou que ainda n�o obteve acesso na �ntegra aos depoimentos e elementos de provas que foram produzidos durante a lavratura do auto de pris�o em flagrante.

"A defesa informa tamb�m que, ap�s ter acesso a sua integralidade, se manisfestar� sobre a acusa��o realizada em desfavor do anestesista Giovanni Quintella."

O advogado informou posteriormente, na segunda-feira, � BBC News Brasil que n�o representa mais Bezerra no caso.

A reportagem ainda n�o conseguiu localizar os novos representantes legais do m�dico.

- Texto originalmente publicado em https://www.bbc.com/portuguese/brasil-62129399

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