
O estudo indica que os casos graves de covid-19 incidiram at� tr�s vezes mais na popula��o n�o vacinada, se comparada com a que completou o esquema b�sico e ainda recebeu ao menos a primeira dose de refor�o.
Os dados fazem parte do Boletim InfoGripe, divulgado nesta semana, atualizado com dados de 17 a 23 de julho. Coordenador do estudo, Marcelo Gomes disse que o ponto central � que fica evidente a import�ncia da vacina��o.
"A gente observa uma efetividade, uma diminui��o desse risco de interna��o em todas as faixas et�rias. E quando a gente olha a dose de refor�o, melhora ainda mais a prote��o. Os dados deixam claro o quanto a vacina � fundamental para se ter uma realidade distinta no enfrentamento da covid-19", explicou.
E acrescentou: "se algu�m ainda tem alguma d�vida, n�o precisa ter. A vacina � simplesmente fundamental. A diferen�a � gritante entre quem n�o se vacinou, quem iniciou o esquema vacinal e quem j� est� com dose de refor�o".
Faixas et�rias
Desde o in�cio da pandemia, a taxa de incid�ncia da SRAG causada pela covid-19 � muito maior entre os idosos de idade avan�ada. Na popula��o com 80 anos ou mais, houve 208,05 pessoas com casos graves de covid-19 para cada 100 mil habitantes n�o vacinados. Entre os que tomaram ao menos uma dose, mas n�o chegaram ao refor�o, a incid�ncia cai para 124,68 casos por 100 mil habitantes, e, com a dose de refor�o, cai ainda mais, para 111,21/100 mil.
Entre os outros idosos, as quedas s�o de ordens semelhantes. O agravamento incidiu sobre os sem vacina na propor��o de 62,88/100 mil, entre os de 70 a 79 anos, e na de 27,11/100 mil, para os de 60 a 69 anos. Com esquema completo, esses valores caem para 45,69/100 mil e 16,44/100 mil, e, com a de refor�o, para 31,0/100 mil e 11,04/100 mil.
"A dose de refor�o entra para compensar a perda de mem�ria imunol�gica que infelizmente a gente tem observado na popula��o e especialmente nas faixas et�rias mais avan�adas", observou.
Na popula��o adulta, a incid�ncia da SRAG causada pela covid-19 apresenta uma queda ainda maior quando s�o comparados os vacinados e os n�o vacinados, que sofrem de agravamento com uma frequ�ncia tr�s vezes maior.
"Quanto mais jovem, h� uma diferen�a ainda maior. A popula��o mais nova tem uma resposta ainda melhor. A diferen�a fica mais importante, e isso era algo que os estudos j� mostravam, que havia uma diferen�a entre o p�blico de idade mais avan�ada e o mais jovem, em termos de efetividade, mas todos se beneficiam", detalhou.
Taxa de incid�ncia
Na popula��o de 50 a 59 anos, a taxa de incid�ncia cai de 14,75/100 mil entre os n�o vacinados para 7,10/100 mil entre quem se vacinou sem refor�o. Para quem tomou ao menos a primeira dose de refor�o nessa faixa et�ria, o agravamento incidiu na propor��o de 4,76 casos por 100 mil habitantes.
Tomar a vacina tamb�m fez a incid�ncia da SRAG ser tr�s vezes menor entre quem tem 18 a 49 anos. Na faixa et�ria de 40 a 49 anos, a incid�ncia entre quem n�o se vacinou � de 9,82 casos por 100 mil, o que � reduzido pela vacina��o com refor�o para 2,39 por 100 mil. Entre quem tem 30 a 39 anos, a queda � de 6,25/100 mil para 2,02 por 100 mil. J� nos mais jovens, de 18 a 29 anos, a diminui��o � de 4,43/100 mil para 1,53 por 100 mil.
A pesquisa mostrou, tamb�m, que os adolescentes foram o p�blico com a maior redu��o proporcional dos casos de SRAG quando a vacina entra em cena. Quem tem 12 a 17 anos e n�o se vacinou teve uma incid�ncia de 5,54 casos graves por 100 mil habitantes, enquanto quem tomou a primeira dose de refor�o sofreu de SRAG numa propor��o de 0,51 caso por 100 mil.
Mesmo com conclus�es t�o positivas a favor da vacina��o, Marcelo Gomes ponderou que o efeito dos imunizantes ainda pode estar subestimado por limita��es nos bancos de dados que serviram de base para o estudo.
"� um resultado que tem uma s�rie de limita��es pela natureza desses dados. � uma estimativa que tende a subestimar o impacto da vacina. O efeito real � ainda maior do que esse que a gente est� reportando, e ainda assim a gente j� observa o impacto", detalhou.