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Estado de Minas BRASIL

Empres�rio Saul Klein � processado por manter 'escravas sexuais'

O homem � filho do fundador das Casas da Bahia. MPT pede indeniza��o de R$ 80 milh�es


19/10/2022 16:00 - atualizado 19/10/2022 16:04

Foto de Samuel Klein.
Para o MPT, Klein 'mantinha uma organiza��o criminosa bem estruturada que arregimentava e prometia trabalho como modelo a jovens e mulheres em vulnerabilidade' (foto: Reprodu��o/Wikimedia Commons)
O Minist�rio P�blico do Trabalho em S�o Paulo entrou com uma a��o civil p�blica contra o empres�rio Saul Klein, filho do fundador das Casas Bahia, pelo crime de "tr�fico de pessoas para submiss�o a condi��es an�logas �s de escravo, com trabalhos de natureza sexual". O valor de indeniza��o pedida pelo �rg�o � de R$ 80 milh�es.

 

Segundo o MPT, a investiga��o teve in�cio em 2020, ap�s o recebimento de den�ncias de estupro, tr�fico de pessoas e favorecimento � prostitui��o praticados por Klein. Como j� noticiado pelo UOL, as acusa��es foram feitas por 14 garotas que alegam ter sofrido por diversos tipos de abusos e crimes sexuais, inclusive aliciamento.

 

O �rg�o afirma que o valor foi estabelecido "a t�tulo de repara��o pelos danos causados por suas condutas ilegais aos direitos difusos e coletivos, por manter trabalhadoras em situa��o de tr�fico de pessoas para fins de explora��o em condi��es an�logas a de escravas sexuais".

 

Embora a a��o tenha como base as den�ncias de crimes, o processo atual � diferente do inqu�rito criminal, que tramita na Delegacia de Defesa da Mulher em Barueri, por se tratar da �rea trabalhista.

 

De acordo com o procurador do Trabalho Gustavo Accioly, que assina a a��o, a pe�a n�o diz respeito � prostitui��o em si que, se praticada de forma consentida, n�o � considerada crime.

 

"Combate-se o ato de se tirar proveito econ�mico indevido de pessoas for�adas f�sica ou moralmente, mediante abuso, fraude ou engodo, a praticarem atos sexuais sob forte subjuga��o", afirmou, segundo nota enviada � imprensa. A a��o � assinada tamb�m com as procuradoras Tatiana Leal Bivar Simonetti e Christiane Vieira Nogueira.

 

O caso em quest�o, afirma o MPT, configura trabalho sexual involunt�rio, "ato complexo para tirar vantagem injusta do trabalho de uma pessoa."

Para o �rg�o, Klein "mantinha uma organiza��o criminosa bem estruturada que arregimentava e prometia trabalho como modelo a jovens e mulheres em vulnerabilidade".


No documento do MPT, os procuradores ainda afirma que as v�timas tiveram seus corpos "tratados como mercadoria ou moeda de troca para proveito dos exploradores", violando seus direitos, especialmente � liberdade, inclusive a sexual, e � dignidade.

 

"A Constitui��o de 1988 tem ojeriza pela cultura do estupro e exalta a dignidade sexual da mulher. � importante deixar claro que a cultura do estupro � considerada um importante pilar da domina��o masculina, vinculado a constru��es de g�nero e sexualidade no contexto de sistemas mais amplos de poder masculino e destacam o dano que o estupro faz �s mulheres enquanto grupo", argumenta Accioly, ainda no texto enviado pelo �rg�o � imprensa.

 

Agora, Klein ser� notificado sobre a a��o e dever� apresentar sua defesa. As partes envolvidas ir�o indicar provas, como testemunhas e documentos e, depois, um julgamento ser� marcado.

 

Advogado de Saul na esfera trabalhista, �lan Richard de Carvalho Bettini foi procurado pela reportagem para comentar o caso mas ainda n�o se manifestou. O espa�o segue aberto e ser� atualizado quando houver resposta.

Fundo de Amparo ao Trabalhador 

A indeniza��o pedida, caso a Justi�a declare que Klein deve pag�-la, ser� encaminhada ao FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) ou "a destina��o socialmente", segundo o MPT.

 

 


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