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Estado de Minas VIOL�NCIA

Atirador de Aracruz (ES) se preparou assistindo a v�deos na internet

Adolescente de 16 anos que matou quatro pessoas prestou depoimento � pol�cia. Investiga��o procura saber como o jovem aprendeu a manusear rev�lver e pistola


28/11/2022 04:00 - atualizado 28/11/2022 06:08

Escola Estadual Primo Bitt
Entre os mortos est�o tr�s professoras da Escola Estadual Primo Bitti. A quarta v�tima era uma menina de 12 anos, aluna do Centro Educacional Praia de Coqueiral (foto: KADIJA FERNANDES/AFP)


O adolescente de 16 anos que atacou duas escolas em Aracruz, no interior capixaba, matando ao menos quatro pessoas, disse em depoimento � pol�cia que se preparou para o atentado assistindo a v�deos na internet. A Pol�cia Civil do Esp�rito Santo quer saber se essa vers�o � verdadeira ou se ele teve treinamento guiado por algum c�mplice dos crimes.
 
O adolescente � filho de um policial militar, e a t�tica utilizada pelo jovem nos ataques chamou a aten��o dos investigadores. Para entrar na primeira escola, onde abriu fogo contra professores, o adolescente fez o que policiais chamam de "entrada t�tica", que levou em conta um ponto estrat�gico do im�vel. Ele arrombou um cadeado em um dos port�es da escola, segundo a investiga��o, com um alicate especial do mesmo tipo usado pela pr�pria pol�cia em opera��es.
 
"N�s temos que fazer todo um estudo e saber se aquele treinamento que ele recebeu foi virtual ou presencial", disse o delegado-geral da Pol�cia Civil no estado, Jos� Darcy Arruda. A investiga��o procura entender n�o apenas se ele teve ajuda para aprender t�ticas de assalto, mas tamb�m como ele aprendeu a manusear as armas do crime, uma pistola autom�tica e um rev�lver.
"Que ele demonstra uma 'entrada t�tica', isso ficou evidente nos v�deos. Ele diz que fez tudo sozinho, que ele viu no YouTube. Mas � isso que n�s vamos saber."
 
Esclarecer se outra pessoa ajudou o jovem a cometer os assassinatos � o principal objetivo da pol�cia neste momento, dois dias depois do crime. Outra frente da investiga��o apura se ele fazia parte de algum grupo extremista.

DEPOIMENTOS. A partir desta segunda-feira (28) a pol�cia deve ouvir os pais do atirador, outros parentes e diretores de escola. A inten��o � entender a rela��o dele com a fam�lia e com a comunidade e tra�ar um perfil psicol�gico.
 
Os investigadores tamb�m podem pedir per�cias para determinar se ele tem algum dist�rbio psiqui�trico. Segundo a fam�lia disse � pol�cia, ele fazia um tratamento psicol�gico.
Uma autoriza��o para acessar dados do celular e de computadores usados pelo jovem detido deve ser solicitada aos pais, o que agilizaria o andamento da investiga��o. Caso contr�rio, ser� necess�rio esperar decis�o da Justi�a.
 
Durante o ataque, o adolescente usava dois emblemas com a su�stica nazista. Um deles estava em um peda�o de papel�o e o outro colado com velcro na roupa camuflada.
A investiga��o tamb�m vai abordar a rela��o do atirador com o pai, que � tenente da PM e psicanalista. As armas de fogo e o carro utilizado no deslocamento durante o crime s�o do pai. "Se o pai de certa forma pode ter influenciado, isso vai ser apurado. A gente n�o descarta nada", disse Darcy Arruda.

V�TIMAS. Ao todo, quatro pessoas morreram e cinco continuam internadas ap�s o ataque.
Entre os mortos est�o tr�s professoras da escola estadual Primo Bitti. As primeiras v�timas foram Cybelle Passos Bezerra Lara, 45, e Maria da Penha Pereira, 48. No s�bado (26/11), a professora Fl�via Amboss Mer�on Leonardo, 38, tamb�m morreu ap�s ser atendida em estado grave. A quarta v�tima foi a aluna Selena Sagrillo Zuccolotto, 12, que estudava no Centro Educacional Praia de Coqueiral.
 
Dois estudantes, um menino de 11 anos e uma menina de 14, foram levados para a UTI do Hospital Estadual Nossa Senhora da Gl�ria, em Vit�ria.
 
Duas mulheres, de 52 e 45 anos, est�o na UTI do Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves, em Serra, na regi�o metropolitana de Vit�ria. Uma mulher de 58 anos passou por cirurgia no Hospital Estadual de Urg�ncia e Emerg�ncia S�o Lucas e tem o quadro de sa�de est�vel.

INTERC�MBIO. Para mapear eventuais grupos extremistas que tenham liga��o com o crime, a Pol�cia Civil deve acionar corpora��es de outros estados e a Pol�cia Federal para troca de informa��es. A inten��o � descobrir se h� investiga��es em andamento sobre organiza��es que promovam discurso de �dio e incentivem ataques como o de Aracruz.
 
Em setembro, a pol�cia prendeu um homem em Vit�ria que mantinha contato com um estudante que fez um ataque a escola semelhante na cidade de Barreiras, na Bahia, que deixou uma pessoa morta. (Folhapress)
 
Pesquisadora da UFMG � uma das v�timas 
 
Clara Mariz

Uma pesquisadora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) est� entre as v�timas do ataque a escolas na cidade de Aracruz, no Esp�rito Santo, ocorrido na �ltima sexta-feira (25/11). Fl�via Amboss Mer�on Leonardo, de 38 anos, trabalhava na Escola Estadual Primo Bitti, a primeira a ser atacada. 
 
A informa��o foi confirmada por meio de uma nota de pesar publicada no s�bado (27/11) pelo Grupo de Estudos em Tem�ticas Ambientais da UFMG (Gesta-UFMG). Na publica��o, o grupo afirmou que Fl�via participou do programa nos �ltimos cinco anos pesquisando sobre as comunidades afetadas pelo desastre da mineradora Samarco, em novembro de 2015. 
 
“Foram anos de dedica��o � pesquisa, da gradua��o ao doutorado, que, para al�m de refletir o desejo de saber, constituiu um compromisso pol�tico e �tico de Fl�via para com os pescadores artesanais e a vida dos afetados pela lama de Fund�o na vila de Reg�ncia Augusta, no litoral do Esp�rito Santo”, escreveram os integrantes do Gesta-UFMG. Fl�via tamb�m era ativista do MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens).
 
Ela estava internada desde o dia do ataque no Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves, na cidade de Serra, tamb�m no Esp�rito Santo. A morte da docente foi confirmada pela Secretaria da Sa�de do Esp�rito Santo (Sesa). 
 
 


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