
O bicheiro Ailton Guimar�es Jorge, 81, conhecido como Capit�o Guimar�es, foi preso nesta quarta-feira (7), em uma opera��o da Pol�cia Federal e da Promotoria do Rio de Janeiro.
Ele � acusado de ser o mandante da morte de F�bio Sardinha, 41, em 2020, em S�o Gon�alo, na Regi�o Metropolitana do Rio. Guimar�es foi levado para a sede da Pol�cia Federal. A reportagem n�o conseguiu contato com seus defensores, que o acompanham.
Tamb�m no in�cio da manh�, foi efetuada a pris�o de Deveraldo Lima Barreira, suspeito de integrar uma organiza��o criminosa comandada por Guimar�es, segundo a Promotoria. Na casa do contraventor, em Arma��o dos B�zios, um dos seguran�as da casa, identificado como Cristiano Cordeiro Dias, fez disparos e tamb�m foi preso. Outros 17 mandados de busca e apreens�o foram cumpridos.
A Pol�cia Federal n�o soube informar se Barreira e Dias apresentaram advogados. "Dois denunciados e todos os demais alvos das medidas cautelares cumpridas hoje s�o integrantes e ex-integrantes das for�as policiais estaduais e s�o suspeitos de atuarem em organiza��o criminosa que monopoliza a explora��o do jogo do bicho, m�quinas ca�a-n�queis e outras apostas", diz o Minist�rio P�blico, em nota.
A opera��o apreendeu ve�culos de luxo blindados, avaliados em cerca de R$ 1,5 milh�o de reais; R$ 360 mil reais em dinheiro; uma pistola, muni��es, carregadores e um acess�rio de arma de fogo de uso restrito.
Guimar�es � figura presente no Carnaval carioca. O bicheiro foi presidente da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro) de 1987 a 1993 e de 2001 a 2007.
Pris�o h� dez anos e condena��o anulada
Em 2012, capit�o Guimar�es tamb�m foi preso ao lado dos contraventores An�sio Abra�o David, o An�sio, e Ant�nio Petrus Kalil, o Turc�o.
Em 2017, os tr�s e outros 21 r�us foram condenados pelos crimes de corrup��o ativa, forma��o de quadrilha e contrabando.
Em outubro deste ano, a ju�za federal Ana Paula Vieira de Carvalho, da 6ª Vara Federal Criminal do Rio, anulou as condena��es dos r�us.
A medida se baseou na decis�o do ministro Jo�o Ot�vio de Noronha, do STJ (Superior Tribunal de Justi�a). Em abril de 2022, o magistrado anulou a senten�a de primeiro grau, entendendo ter havido "cerceamento de defesa" porque parte dos of�cios comunicando o cumprimento de decis�es de intercepta��o telef�nica n�o foi juntada aos autos da a��o penal.
A ju�za ent�o considerou que, em raz�o da ordem do ministro, ocorreu a prescri��o dos crimes.
