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Estado de Minas MEIO AMBIENTE

Desmatamento da Amaz�nia bate recorde no governo Bolsonaro

O registro � a marca mais alta de Bolsonaro para o m�s de dezembro, em compara��o com o mesmo per�odo em anos anteriores na Presid�ncia


07/01/2023 07:00 - atualizado 07/01/2023 07:42
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Floresta Amazônica
Floresta Amaz�nica perdeu 218,41km� de vegeta��o em dezembro (foto: Michael Dantas/AFP - 7/10/22)

 
A floresta amaz�nica perdeu 218,41 quil�metros quadrados (km²) de vegeta��o em dezembro do ano passado, o �ltimo sob a gest�o do ent�o presidente Jair Bolsonaro (PL), em mais um recorde de seu governo. Os dados s�o do Deter, sistema do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) que emite alertas para o combate ao desmatamento em tempo real. O registro � a marca mais alta de Bolsonaro para o m�s de dezembro, em compara��o com o mesmo per�odo em anos anteriores na Presid�ncia. Se considerada a s�rie hist�rica, com in�cio em 2015, � a terceira, atr�s de 2017, que registrou 287,51km², e de 2015, que teve 266,29km².
 
Os n�meros ainda ser�o atualizados pelo Inpe, j� que a informa��o publicada nesta sxta-feira (6/1) vai at� 30 de dezembro do ano passado – h� um dia pendente para completar o ano de 2022, portanto. O n�mero mais que dobrou em rela��o ao mesmo per�odo do ano anterior, quando o sistema registrou 87,19km², mas � preciso ter cautela em compara��es, segundo Mariana Napolitano, gerente de conserva��o do WWF-Brasil.
 
“Precisamos de cuidado, no Deter, com per�odos curtos. Se h� muita nuvem, o Deter n�o vai pegar”, diz ela. Para a especialista, � preciso analisar conjuntos de alertas para identificar as tend�ncias. “� bom olhar tr�s ou seis meses para ver padr�es. � importante lembrar que, de agosto a dezembro, o valor foi alt�ssimo, com 4.593km², mais alto que os anteriores, que ficaram na casa dos 3.000km2”.

“Assim”, ela diz, “a tend�ncia projetada pelo Deter � que os dados de desmatamento continuem altos e sejam confirmados na pr�xima publica��o do Prodes, outro sistema do Inpe.” � o que tamb�m aponta o Observat�rio do Clima, rede de diversas organiza��es da sociedade civil. “Os alertas de destrui��o da Amaz�nia bateram recordes hist�ricos nos �ltimos meses, deixando para o governo Lula uma esp�cie de desmatamento contratado, que vai influenciar negativamente os n�meros de 2023”, diz Marcio Astrini, secret�rio-executivo da entidade.
 
“O governo Bolsonaro acabou, mas sua heran�a ambiental nefasta ainda ser� sentida por um bom tempo”, completa. Em seu discurso de posse, na �ltima quarta-feira, a ministra do Meio Ambiente e Mudan�a Clim�tica, Marina Silva, anunciou a cria��o de uma secretaria extraordin�ria voltada exclusivamente para controle e combate ao desmatamento. Foi em sua primeira passagem pelo minist�rio no governo do presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) que o desmate, com o PPCDAm —ou Plano de A��o para Preven��o e Controle do Desmatamento na Amaz�nia Legal—, chegou a uma redu��o de 83% na taxa de 2004 a 2012.
 
Segundo Napolitano, a reestrutura��o de a��es de comando e controle e �rg�os como o Ibama e o ICMBio s�o importantes, mas o governo precisar� fazer um esfor�o r�pido na dire��o da economia. “Sabemos que n�o se segura e nem se quer segurar [o desmatamento] com comando e controle. O que se quer � uma economia de base florestal, em que desmatar n�o fa�a mais sentido, porque manter a floresta em p� � mais rent�vel. � muito menos risco para todos”, afirma.
 
O prazo, no entanto, � outro desafio. “Podemos lembrar que, com a Marina e o PPCDAm, houve redu��o de desmatamento em oito anos. N�o temos mais oito anos para reduzir, precisamos de esfor�o e recurso para que a resposta seja mais dr�stica. � um cen�rio mais cr�tico de clima, recursos h�dricos, nossa janela para a mudan�a � menor”, destaca a especialista. At� o fechamento desta edi��o, o Minist�rio do Meio Ambiente n�o havia comentado o novo dado do Deter.
 
 


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