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Estado de Minas VIOL�NCIA

Idoso mata presidi�rio com extensa ficha criminal com um tiro de 12 na boca

Acompanhado da esposa, idoso deteve dupla de bandidos empunhando uma espingarda de calibre 12. O tiro foi dado na boca do assaltante e explodiu sua cabe�a


27/01/2023 13:37 - atualizado 27/01/2023 13:53

 Osmar Pereira Nonato
Osmar Pereira Nonato, mais conhecido como Pururuca, foi morto com um tiro de espingarda de calibre 12 na boca (foto: Reprodu��o/Redes sociais )
Com um rev�lver de calibre 38, Osmar Pereira Nonato, mais conhecido como Pururuca, invadiu a resid�ncia de um casal de idosos, localizada no bairro S�o Crist�v�o, regi�o central de Porto Velho, Rond�nia, na quarta-feira (25/1). Ele estava junto de um comparsa. O que eles, muito provavelmente, n�o esperavam, era que o dono da casa, um idoso acompanhado da esposa, deteria a dupla de bandidos empunhando uma espingarda de calibre 12. O tiro foi dado na boca do assaltante mencionado e explodiu sua cabe�a.

Os detalhes do desfecho sangrento foram relatados pela Pol�cia Civil do estado (PCRO) ao Correio Braziliense.

Segundo Elinaldo Bonfim, assessor da corpora��o, o estouro na boca de Pururuca n�o foi resultado da primeira rea��o do idoso, dono da resid�ncia invadida. Ele atirou para cima primeiro, para intimid�-lo dando um alerta, mas o bandido n�o recuou e adentrou a casa arrombando a porta. Foi quando o criminoso apontou o rev�lver para a esposa do propriet�rio do local, amea�ando-a de morte. O idoso ent�o reagiu atirando no rosto de Osmar, em cheio.
 Osmar Pereira Nonato
Osmar Pereira Nonato, mais conhecido como Pururuca, foi morto com um tiro de espingarda de calibre 12 na boca (foto: Reprodu��o/Redes sociais )

Por�m, o idoso, autor do tiro de 12, n�o matou um assaltante sem experi�ncia no mundo do crime. Pururuca, morto aos 44 anos, foi um bandido altamente procurado, "com in�meras passagens e antecedentes criminais", incluindo condena��o de d�cadas e fugas de pres�dio, como ressalta Bonfim.

De acordo com o porta-voz da PCRO, foi ele um dos respons�veis pela grande rebeli�o do pres�dio Jos� Mario Alves, conhecido como "Urso Branco", em abril de 2004. O caso teve repercuss�o internacional, pois levou o Brasil a ser denunciado na Corte Interamericana por viola��o dos direitos humanos, segundo confirma o Tribunal de Justi�a estadual (TJRO). (Saiba mais logo abaixo)

"O idoso ligou para a pol�cia e pediu ajuda. A pol�cia compareceu ao local, foi feita a per�cia e apreendido o rev�lver desse bandido, pela tentativa frustrada de roubo. O caso foi encaminhado ent�o para a delegacia especializada em crimes contra o patrim�nio em roubos e extors�es, que � a Delegacia de Patrim�nio da capital de Rond�nia", informou o porta-voz da PCRO, ao Correio.

O comparsa conseguiu fugir. A pol�cia ainda n�o sabe de seu paradeiro.

 Presos rebelados no alto do presidio Urso Branco em Porto Velho, Rondonia
Presos rebelados no alto do presidio Urso Branco em Porto Velho, Rondonia (foto: Rostand Agra/O Observador/AE)

Chacina hist�rica de mortes cru�is acompanhadas ao vivo

A chacina do pres�dio "Urso Branco" � um marco na hist�ria de Rond�nia e do Brasil. Ela � dividida em pelo menos dois grandes momentos*: a rebeli�o de presos em 2002, quando 27 detentos foram mortos; e, novamente, em 2004, quando Pururuca participou, resultando em mais sangue.

Para se ter uma ideia da propor��o do caso (al�m do fato de ter sido acompanhado de perto pela Corte Interamericana), a rebeli�o do "Urso Branco" � considerada o maior assassinato coletivo de presos do pa�s depois da trag�dia da Casa de Deten��o de S�o Paulo, o Carandiru, em 1992 - conhecido como "o Massacre do Carandiru", o epis�dio sem precedentes, j� retratado em livros e filmes nacionais famosos, resultou em 111 presos mortos ap�s a invas�o da Pol�cia Militar.

O primeiro motim na penitenci�ria de Rond�nia, em 2002, come�ou quando presos de celas normais foram colocados no mesmo local que os presos jurados de morte, que eram mantidos em outro pavilh�o para aumentar a seguran�a. O superlota��o de internos e o pouco contingente e inexperi�ncia de agentes, apontada pela imprensa na ocasi�o, tamb�m foram fatores decisivos. A capacidade da Casa de Deten��o era de 350, mas abrigava 1.300 presos.

Em 2004, o motim come�ou com o assassinato de dois detentos, que eram desafetos dos rebelados. Segundo o governo federal, do telhado da pris�o, os presos lan�aram os corpos dos cad�veres e exibiram uma cabe�a decapitada. O lan�amento dos corpos aconteceu de uma caixa d'�gua, como documentou o Tribunal de Justi�a estadual (TJRO).

Pelo menos 12 presidi�rios morreram, assassinados com requintes de crueldade. Segundo relatos da Justi�a, o laudo da morte de um dos presidi�rios assassinados, Luciano Teot�nio dos Santos, conhecido como Pes�o, por exemplo, registrou mais de 30 golpes de chu�os (arma branca pontiaguda) em seu corpo. Na rebeli�o, v�timas tamb�m foram eletrocutadas e enforcadas.

E mais: os momentos de horror foram acompanhado por familiares das v�timas e registrados ao vivo pelas c�meras dos ve�culos de comunica��o, que acompanhavam o motim.

"Em raz�o do n�mero de envolvidos, da complexidade dos fatos criminosos e da quantidade de recursos, todo o processo acabou levando mais de 10 anos para ter o primeiro julgamento", informou o TJRO. Ao todo foram denunciados 37 presos.

* V�rios outros epis�dios semelhantes de viol�ncia considerados de "menor porte" aconteceram na penitenci�ria com frequ�ncia, al�m de mortes isoladas, como os dez casos de assassinatos isolados que ocorreram justamente entre 2002 e 2004


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