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Estado de Minas 28 DE JANEIRO

Chacina de Una�: a origem do Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo

Data foi criada em homenagem aos servidores da fiscaliza��o assassinados na cidade mineira em 2004


28/01/2023 16:10 - atualizado 28/01/2023 16:17

Protesto por Justiça às vítimas da chacina de Unaí
Familiares das v�timas pedem Justi�a em julgamento de Ant�rio M�nica em BH, no ano passado (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)
O 28 de janeiro foi declarado como o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo em homenagem a quatro servidores da fiscaliza��o do trabalho assassinados em uma emboscada no interior de Minas Gerais, enquanto apuravam den�ncias de explora��o de trabalhadores na regi�o.


O crime ocorrido em 2004 ficou conhecido como a chacina de Una�, munic�pio a 601 quil�metros de Belo Horizonte. Foram mortos os auditores-fiscais do trabalho Erat�stenes de Almeida Gon�alves, Jo�o Batista Soares Lage e Nelson Jos� da Silva, e o motorista Ailton Pereira de Oliveira.


No ano passado, o ex-prefeito do munic�pio, Ant�rio M�nica, foi condenado por um j�ri popular a 64 anos de pris�o acusado de ser um dos mandantes da chacina.


Ele chegou a ser condenado a cem anos de pris�o em outubro de 2015 por homic�dio qu�druplo, triplamente qualificado por motivo torpe, mediante pagamento e sem a possibilidade de defesa das v�timas.


No entanto, em novembro de 2018, a condena��o foi anulada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Regi�o (TRF-1), que aceitou um recurso da defesa que apontava a insufici�ncia de provas. Foi determinada, ent�o, a realiza��o deste novo julgamento.


Segundo o Sinait (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho), Nelson Jos� da Silva trabalhava, na �poca, em investiga��es de irregularidades trabalhistas nas propriedades da fam�lia M�nica e vinha recebendo amea�as.


Al�m de Ant�rio, o irm�o dele, Norberto M�nica, tamb�m foi apontado pelo Minist�rio P�blico Federal como mandate da chacina. Ele tamb�m foi condenado a cem anos de pris�o, mas seu julgamento foi mantido. No STJ, ele conseguiu reduzir a pena para 56 anos.


Os homens que contrataram pistoleiros tamb�m tiveram suas penas reduzidas. Hugo Alves Pimenta foi condenado a 31 anos e seis meses, e Jos� Alberto de Castro, a 58 anos e dez meses. De acordo com o MPF, os tr�s pistoleiros receberam penas de mais de 50 anos de pris�o. Erinaldo Vasconcelos est� em regime aberto, com tornozeleira. William Miranda est� preso e Rog�rio Allan est� foragido.


Os M�nica s�o grandes produtores de feij�o, segundo o Sinait, com propriedades no Paran� e em Una�. Ant�rio foi prefeito do munic�pio mineiro por dois mandatos, em 2004 e 2008 e � conhecido, na regi�o, como o "rei do feij�o".


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