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Estado de Minas CASO BEGOLE�

Quem era o brasiliense morto na Holanda?

Alan Lopes, de 21 anos, foi assassinado, em Amsterd�. "Ele sempre ajudava o pr�ximo, era uma pessoa bondosa", garantiu uma tia


05/03/2023 10:58 - atualizado 05/03/2023 12:50

Por Mariana Saraiva- Correio Braziliense 

Homem segurando papel em uma das mãos
Alan Lopes trabalhava em um a�ougue e (foto: Reprodu��es/Redes Sociais)
Alan Lopes, de 21 anos, morto em Amsterd�, nasceu em Ceil�ndia, onde viveu at� os 9 anos. Depois, mudou-se para Valpara�so de Goi�s, onde ficou at� os 14 anos, quando se mudou para Amsterd� com a m�e e as duas irm�s. O pai ainda mora na cidade goiana. A m�e de Alan, a maranhense Ant�nia Lima, chegou na capital ainda na adolesc�ncia e aqui teve os filhos. Entretanto, insatisfeita com a realidade da fam�lia no Entorno, foi buscar na Holanda melhores condi��es de vida.

Durante o per�odo de sete anos no pa�s europeu, Alan concluiu o ensino m�dio e come�ou a trabalhar em um a�ougue. Tinha acabado de tirar a carteira, iria come�ar a fazer um curso e almejava ser bem sucedido. A fam�lia de Alan, tanto aqui em Bras�lia quanto na Holanda, segue desolada com o acontecimento. A morte do brasiliense, que pode ter requintes de crueldade envolvendo pr�ticas de antropofagia (ou canibalismo), segue cercada de enigmas.

O jovem que morava em Amsterd� com a fam�lia teve a vida interrompida precocemente. O suspeito do assassinato de Alan - a facadas - � Begole� Mendes Fernandes, brasileiro preso no aeroporto de Lisboa com peda�os de carne humana na mala, na segunda-feira.

No dia do acontecimento, no �ltimo domingo, a fam�lia do jovem em Bras�lia recebeu, por volta das 21h, a not�cia de que Alan teria sido assassinado por uma pessoa que ele considerava um amigo e fazia parte do seu conv�vio h� tr�s anos. A tia paterna Valdete Lopes, residente em Valpara�so de Goi�s, contou que o rapaz ajudava os parentes financeiramente, mesmo com o pouco que tinha.

"Ele sempre ajudava o pr�ximo, era uma pessoa bondosa e est� sendo muito dif�cil para a fam�lia aceitar que nunca mais vamos v�-lo", relatou. Ainda segundo a tia, Alan tinha vindo a Bras�lia antes da pandemia e estava planejando vir a passeio novamente este ano ao Brasil. O rapaz amava retornar � terra natal, mas seu lugar preferido era a cidade da fam�lia paterna, em Coribe, na Bahia.

Uma das irm�s que mora em Amsterd�, Kamila Lopes, 25, conta que a bondade de Alan vinha desde a inf�ncia. "Ele sempre teve um lado mais adulto. Quando crian�a, ele pegou um carrinho de beb� antigo e sa�a, de porta em porta, pela vizinhan�a, perguntando se algu�m tinha lixo para que ele descartasse", descreveu.

Despedida

Alan ser� cremado na Holanda nesta quarta-feira. As cinzas ser�o transportadas para o Brasil e, ap�s a despedida da fam�lia, em Bras�lia, ir� para a Bahia. A fam�lia quer deix�-lo descansar no lugar que sempre amou visitar. Valdete mencionou que o pai de Alan n�o quis receber o filho dentro de um caix�o e essa foi a melhor forma que encontraram para se despedir. "Ele quer ter a mem�ria do filho vivo, n�o aguentaria ter que enterra-lo", lamenta a tia. Alan era o �nico filho homem do seu pai, que, segundo familiares, est� sem conseguir dormir e recebendo apoio de parentes que moram perto.

Investiga��o

Kamila Lopes contou que, at� o momento, a pol�cia holandesa n�o tem atualizado a fam�lia sobre os desdobramentos da investiga��o e pede que eles foquem em organizar a cerim�nia de despedida de Alan, que ser� feita antes da crema��o. A mo�a tamb�m comentou que, na Holanda, o caso n�o gerou tanta repercuss�o como no Brasil e em Portugal, onde Begole� Fernandes foi preso e confessou o crime, alegando leg�tima defesa. Em sua argumenta��o para o assassinato, o tamb�m brasileiro imputa � v�tima a pr�tica de canibalismo.


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