
Rog�rio foi denunciado pelo MP por tentativa de homic�dio com um agravante de crime cometido por uso de recurso que impossibilitou a defesa da v�tima. Ao usar o carrinho de supermercado, o agressor “assumiu o risco de matar a mulher, j� que o carrinho de compras por ele utilizado como instrumento do crime pesava nada menos do que 24 quilos (kg), e tinha resist�ncia suficiente para sustentar 300 kg de carga, conforme atestou o laudo de per�cia criminal”.
O MP justifica o pedido de pris�o preventiva ao considerar dois pontos principais: a gravidade do delito, “caracterizada pela brutalidade e pela covardia com que agiu o denunciado contra uma mulher indefesa”; e o hist�rico criminal de Rog�rio, sobretudo contra mulheres — ele foi condenado, em 2021, a nove meses de deten��o por viol�ncia dom�stica pela Justi�a de Luzi�nia.
A agress�o feita n�o foi precedida por qualquer situa��o pr�via. Ao Correio, o esposo da mulher, que n�o quis se identificar, contou que o casal n�o conhecia o agressor e que n�o houve situa��o pr�via que provocasse a agress�o. Os tr�s estavam na fila do caixa do supermercado quando o epis�dio ocorreu. “N�o ocorreu nenhuma discuss�o (entre a mulher e o agressor) ou nada parecido. Foi puramente o que est� no v�deo. Foi do nada mesmo”, disse.
O relato � confirmado nos autos do Minist�rio P�blico, que acrescenta que o casal estava atr�s do agressor, que, em determinado momento, se afastou da fila e pegou um carrinho de compras, levantou por cima da cabe�a e “aproximou-se da v�tima e, sem motiva��o id�nea, lan�ou o carrinho sobre ela, atingindo-a, violentamente, no lado esquerdo da cabe�a”.
A den�ncia do MP tamb�m relata o relat�rio m�dico e o exame de corpo de delito da v�tima, que mostram que ela sofreu les�es corporais graves. No momento do ataque, o impacto do carrinho fez com que ela permanecesse “por alguns minutos, estirada e inconsciente”. Quando acordou, experimentou confus�o mental e fortes dores nas regi�es atingidas pelo objeto.
A reportagem n�o conseguiu encontrar a defesa de Rog�rio. O espa�o permanece aberto para eventual manifesta��o.