
A vereadora Eliza Virg�nia (PP) iniciou a discuss�o com a inten��o de elaborar um voto de rep�dio � abertura do museu, alegando que a Abrace est� utilizando do pretexto para fazer apologia �s drogas. Eliza afirmou que o uso da planta causa retardo mental e dificuldade de aprendizado, tamb�m convidou o Conselho Municipal Antidrogas para uma reuni�o com a finalidade de discutir a retirada do museu da capital paraibana. A representante ainda insinuou que o uso medicinal � apenas um pretexto para “maconheiros” continuarem o uso recreativo da Cannabis.
Dois colegas parlamentares se manifestaram contra as falas de Eliza (PP). Os vereadores Marcos Henriques (PT) e Junio Leandro (PDT) apontaram a fun��o da Liga Can�bica da Para�ba, que luta a favor do uso medicinal do canabidiol – subst�ncia abundante na cannabis. Os dois refor�aram os embasamentos cient�ficos e a efic�cia do composto qu�mico em tratamentos de transtornos de epilepsia, principalmente os infantis.
A proposta de rep�dio feita por Eliza Virg�nia (PP) foi aprovada pela maioria dos representantes: Coronel Sobreira (MDB), Durval Ferreira (PL) e Marc�lio do HBE (Patriota). Os vereadores Junio Leandro (PDT), Marcos Henriques (PT) e Toinho P� de A�o (PMB) foram contra a a��o e Odon Bezerra (PSB) absteve-se da vota��o.
O projeto do museu
Localizado em um pr�dio ao lado da sede da Abrace, o museu tem como proposta destacar a hist�ria da planta no pa�s e destacar os seus benef�cios medicinais. Sua inaugura��o foi na Semana de Integra��o das Associa��es de Acesso � Cannabis (Sidaac), que promove a luta contra os preconceitos associados com o uso medicinal de subst�ncias da planta.
A Cannabis foi proibida em territ�rio nacional em 1910. Contudo, estudos de 2014 comprovaram a efic�cia dela no tratamento de casos de epilepsia. A Abrace foi a primeira institui��o n�o governamental brasileira que conquistou o direito de plantar esp�cimes com fins medicinais.
*Estagi�rio sob supervis�o do subeditor Diogo Finelli