Gripe avi�ria: ministro da agricultura decreta estado de emerg�ncia

O pa�s est� em estado de emerg�ncia zoossanit�ria devido a contamina��es de aves silvestres pela gripe avi�ria de alta patogenicidade, ou seja, que pode causar graves sinais cl�nicos e altas taxas de mortalidade. A medida do Minist�rio da Agricultura e Pecu�ria foi publicada em edi��o extra do Di�rio Oficial da Uni�o, na noite desta segunda-feira (22/5), e � v�lida por 180 dias.

O texto tamb�m prorroga, por tempo indeterminado, a suspens�o de exposi��es, torneios, feiras e outros eventos com aglomera��es de aves. Al�m disso, criadouros de aves ao ar livre, com acesso a piquetes sem telas na parte superior tamb�m est�o, temporariamente, interditados. A medida se aplica a quaisquer esp�cies de aves de produ��o, ornamentais, passeriformes, aves silvestres ou ex�ticas em cativeiro e demais aves criadas para outras finalidades.

A declara��o de estado de emerg�ncia acontece ap�s a confirma��o de mais tr�s casos de H5N1 em territ�rio nacional. At� o momento, oitos aves silvestres j� foram contaminadas pela cepa mais grave do v�rus, sendo sete no Esp�rito Santo e uma no Rio de Janeiro. 

Na tarde desta segunda-feira (22/5), o Laborat�rio Federal de Defesa Agropecu�ria de S�o Paulo (LFDA-SP), unidade de refer�ncia da Organiza��o Mundial da Sa�de Animal (OMSA), confirmou tr�s novos casos positivos para a gripe avi�ria. Os testes estavam sendo analisados desde a �ltima semana. 

“A declara��o de estado de emerg�ncia zoossanit�ria possibilita a mobiliza��o de verbas da Uni�o e a articula��o com outros minist�rios, organiza��es governamentais - nas tr�s inst�ncias: federal, estadual e municipal - e n�o governamentais. Todos esses processos s�o para assegurar a for�a de trabalho, log�stica, recursos financeiros e materiais tecnol�gicos necess�rios para executar as a��es de emerg�ncia visando a n�o propaga��o da doen�a”, explica o ministro Carlos F�varo.

Vale ressaltar que n�o � recomendado que aves doentes ou mortas sejam recolhidas pela popula��o. Nesses casos, a orienta��o � acionar o servi�o veterin�rio ou de zoonose mais pr�ximo para evitar que a doen�a se espalhe.

De acordo com o MAPA, a infec��o de humanos pelo v�rus acontece, principalmente, por meio do contato direto com aves infectadas, vivas ou mortas. Assim, a pasta refor�a o pedido para que, caso aves doentes sejam encontradas, a popula��o acione o servi�o veterin�rio local. “N�o se deve tocar nem recolher aves doentes. A doen�a n�o � transmitida pelo consumo de carne de aves e nem de ovos." 

At� o �ltimo s�bado (20/5), dois casos suspeitos de humanos contaminados pela doen�a est�o sendo investigados pelo Minist�rio da Sa�de. Os pacientes s�o residentes do Esp�rito Santo e n�o tiveram as idades informadas. As amostras de sangue foram coletadas e enviadas para o laborat�rio da Fiocruz, no Rio de Janeiro. Conforme o protocolo de vigil�ncia sanit�ria, os pacientes est�o isolados e sendo monitorados por equipes de sa�de. 

Como o Estado de Minas informou, na �ltima quarta-feira (17/5), o Minist�rio da Sa�de informou que 33 funcion�rios do Parque da Fazendinha, tamb�m no estado capixaba, tiveram que ser testados para a doen�a, ap�s uma ave contaminada ser encontrada no local. Um deles, estava em observa��o, por apresentar sintomas respirat�rios. Todos os exames atestaram negativo para o H5N1. 

A gripe avi�ria � uma doen�a viral altamente contagiosa que afeta, principalmente, aves silvestres e dom�sticas. Atualmente, o mundo tem passado por uma pandemia da doen�a. A maioria dos casos est� relacionada ao contato de aves silvestres migrat�rias com aves de subsist�ncia, de produ��o ou silvestres locais.