
O pai da crian�a acompanhou a ces�rea e observou o momento em que a m�dica teria perfurado a cabe�a da crian�a com o bisturi, segundo a advogada Stephanie Corazza Moreira, que representa a fam�lia, informou � reportagem.
Segundo a advogada, a equipe m�dica informou que era um corte bem superficial e que j� haviam encaminhado o beb� para sutura - foram feitos dois pontos, um no come�o e outro no final da �rea perfurada.
Depois do parto, a m�e n�o teve contato com a filha, gerando estranheza na fam�lia. "Quando ela recuperou a consci�ncia e foi questionada pela m�e sobre o corte na crian�a, ela ficou desesperada, porque al�m de n�o ter a filha nos bra�os, ningu�m havia conversado sobre o que tinha acontecido. Mas afirmaram que o corte iria cicatrizar sozinho", disse Corazza.
A m�e da crian�a, de 31 anos, � moradora de Araquari,cidade vizinha � Joinville, e teve a filha no local porque a cidade � refer�ncia estadual em cesarianas.
O parto da mulher foi antecipado e ela teve a crian�a com 38 semanas de gesta��o, porque estava com press�o alta e tinha uma gravidez considerada de risco, por ser portadora do v�rus HIV. No entanto, tudo estava bem at� o nascimento da menina.
CRIAN�A TEVE ALTA E FOI PARAR NA UTI
A crian�a recebeu alta, mas, com o passar dos dias, o beb� come�ou a apresentar febre. Os pais buscaram ajuda em um posto de atendimento e foram encaminhados ao Hospital Infantil de Joinville, onde neurologistas identificaram uma infec��o.
"Os m�dicos fizeram exames, incluindo resson�ncia e ultrassom e constataram que al�m da infec��o, o corte tinha atingido o c�rebro e que havia risco de �bito. Por isso, a menina ficou alguns dias internada na UTI e ainda continua num leito do hospital. Ela deve permanecer internada por pelo menos mais 21 dias", afirmou a advogada.
A m�e da crian�a deve buscar repara��o e a responsabiliza��o da m�dica (n�o teve o nome divulgado) que fez a ces�rea. "Hoje o maior intuito dessa m�e � que nenhuma outra mulher passe pelo que ela passou na realiza��o desse parto", completou a advogada da fam�lia.
A equipe do Hospital Infantil de Joinville confirmou � reportagem que a beb� est� internada na institui��o e seu quadro de sa�de � est�vel, mas evitou falar sobre os procedimentos realizados. As poss�veis sequelas ou danos permanentes � crian�a s� poder�o ser aferidas a partir dos tr�s anos de idade da menina.
SECRETARIA E POL�CIA APURAM O CASO
A reportagem entrou contato com a Delegacia de Prote��o � Crian�a, ao Adolescente, � Mulher e ao Idoso (DPCAMI) de Joinville. O delegado respons�vel pelo caso, Rodrigo Maciel, n�o ir� se manifestar at� a conclus�o do inqu�rito.
A Pol�cia Civil informou que abriu inqu�rito esta semana para apurar les�o corporal grave ou grav�ssima e a suspeita de neglig�ncia m�dica.
Em nota, a Secretaria de Estado da Sa�de de Santa Catarina informou que o caso ser� apurado internamente.
"A dire��o da Maternidade Darcy Vargas esclarece que no caso citado, ocorreu uma intercorr�ncia no momento da ces�rea. O paciente foi imediatamente atendido e segue internado recebendo os cuidados m�dicos no Hospital Jeser Amarante Faria. A Maternidade Darcy Vargas informa ainda que o evento est� em investiga��o pela Gest�o de Risco da unidade, buscando identificar se houve alguma falha na conduta tomada durante o parto', declarou a Secretaria de Estado da Sa�de de SC.