
Um homem, de 39 anos, foi preso depois de quebrar, com uma barra de ferro , as vitrines de duas lojas no Centro Comercial Gilberto Salom�o, na QI 05, do Lago Sul. O crime ocorreu, neste s�bado (26/8), por volta das 14h30. Ele acabou ferido nos bra�os e no rosto com os estilha�os de vidro. N�o houve registro de mais feridos.
O homem, identificado como Florisbelo Monteiro dos Santos Neto, foi detido pelos seguran�as do centro comercial . Logo em seguida, a Pol�cia Militar do Distrito Federal (PMDF) o prendeu em flagrante e o conduziu para a 1ª Delegacia de Pol�cia (Asa Sul). Quem passou no local no momento da confus�o levou um susto achando que poderia ser algum assalto. A �rea foi isolada por algumas horas pela PM devido � grande quantidade de vidro espalhado pela cal�ada.
O estrondo das vitrines sendo destru�das a pancadas com a barra de ferrou amedrontou clientes e comerciantes de pontos vizinhos �s lojas atingidas: a Wish e a Vorix Menswear. Muitos pensaram tratar-se de um carro desgovernado invadindo estabelecimentos. Mas, o que ocorreu foi um ataque de f�ria de um ex-funcion�rio do propriet�rio da �tica Vorix.
Florisbelo � reincidente, j� tinha cometido algumas amea�as e atos contra a loja, mas n�o t�o violento. Dessa vez, ter� de responder por dano qualificado (similar a viol�ncia ou grave amea�a que ocorrem em crime de roubo), cuja pena � de deten��o de 6 meses a 3 anos, al�m de multa. O preju�zo das lojas � estimado em R$ 80 mil.
O ataque foi presenciado pelo gerente de outra loja pr�xima, Marcelo Rodrigues, 42 anos. "O barulho foi bem alto; ele estava quebrando a segunda vitrine, quando vi. Ele arremessou o que parecia uma mochila com algo mais pesado dentro com algo muito pesado dentro. Ensaguentado na testa e nas m�os, tirou a camisa e gritou: podem me levar, podem me prender. � a forma que eu tenho de protestar. A justi�a nunca me d� raz�o", relata Marcelo.
Amea�as e persegui��o
Segundo Voriques Oliveira, 54 anos, dono da loja atacada, o ex-funcion�rio, que j� n�o trabalhava na empresa h� 7 anos, j� vinha fazendo amea�as. "H� tr�s anos, vivemos uma persegui��o. A Justi�a fez um grande trabalho para descobrir quem era o sujeito que nos amea�ava. Ele usava pseud�nimos. Demos mais import�ncia quando as amea�as chegaram ao nosso filho. Tanto ele sofreu amea�as, quanto a m�e dele (propriet�ria da outra loja). Que eu saiba, existem tr�s condena��es relacionadas a problemas anteriores", contou Voriques ao Correio Braziliense.
O empres�rio brasiliense, de destaque no segmento, diz n�o saber das motiva��es do agressor, e que buscou distanciamento do ex-funcion�rio. Voriques diz que inexiste processo trabalhista contra ele. "O que mais importa � que nenhum dos meus colaboradores, al�m da press�o psicol�gica, sofreu algo. N�o posso mensurar o susto e o pavor que viveram. Isso tem que ser considerado. Ele (o agressor) estava munido de um objeto que eu posso tratar como uma arma branca. Ele poderia ter acertado a cabe�a de algu�m. Sou grato por n�o ter havido danos f�sico´´. H� 5 meses, uma outra vitrine da loja foi danificada, em hor�rio de pouco movimento, mas a a��o n�o foi captada pelas c�meras de seguran�a. O respons�vel pela seguran�a privada do centro comercial n�o quis dar entrevista. A reportagem tentou contato com a administra��o do local, que estava fechada.
Funcion�rias de uma farm�cia pr�xima �s lojas atingidas, Maria Sousa, 22 anos, e Bruna Vidal, 21, levaram um grande susto. "No momento, achei que, pelo calor, o vidro tivesse estourado ou que um carro tivesse invadido o local", contou Bruna. "Na hora, os clientes ficaram assustados, e esperamos um pouco para ir ver o que tinha acontecido", explicou Maria.
"Foram estouros de dar medo mesmo. Por sorte, n�o t�nhamos clientes por aqui. Acho que foi um caso isolado. Mas, mais seguran�a nunca � demais. Ficamos resguardados, na loja, na hora — achei at� que o teto tivesse desabado", comentou a comerciante �rica Alves, de uma loja de roupa feminina pr�xima. Na 1a DP, F.M.S. n�o quis se pronunciar. No caso da vitrine anterior, o preju�zo foi da ordem de R$ 25 mil. Foi oferecida a possibilidade de fian�a, mas, sem pagamento, ele segue detido, e, por 48 horas, caber� decis�o em Audi�ncia de Cust�dia.