
Sem receber sal�rios, f�rias e descanso semanal, a v�tima vivia em condi��es prec�rias na resid�ncia dos empregadores e chegou a sofrer agress�es f�sicas e constrangimentos morais. As jornadas de trabalho tamb�m eram exaustivas — iniciava por volta das 7h e se estendia at� as 22h. Ela tamb�m n�o tinha registro na Carteira de Trabalho, nem recolhimento das parcelas previdenci�rias.
Ainda de acordo com o MPF, o casal teria se aproveitado da situa��o vulner�vel da mulher em 1989, quando a retiraram de um albergue para realizar servi�os dom�sticos em sua casa. Naquele momento, ela vivia em situa��o de rua.
Investiga��o antiga
A situa��o da trabalhadora j� tinha sido objeto de acordo com o Minist�rio do Trabalho e Emprego, em 2014. � �poca, eles assumiram o compromisso de efetuar o registro em carteira da empregada, pagar sal�rios mensais e saldar outras obriga��es trabalhistas - o que nunca foi feito.
O MPF afirma que a mulher chegou a ganhar um sal�rio, por�m, foi responsabilizada por quebrar uma m�quina de lavar roupas e deixou de receber as outras remunera��es.
A investiga��o acompanhava a rotina da dom�stica com monitoramento por c�meras, uma delas, inclusive, na ed�cula onde vivia. A v�tima s� conseguiu sair da casa em julho do ano passado, ap�s procurar vaga de acolhimento em um centro de assist�ncia social do munic�pio.
Em depoimento �s autoridades, o casal afirmou que considerava a mulher uma pessoa “da fam�lia”.