
Eliana Vita de Oliveira era escrevente-chefe no Departamento de Inqu�ritos Policiais da Justi�a de S�o Paulo e tinha acesso aos processos arquivados do departamento, mostrou a emissora. Nos processos, havia recursos provenientes de apreens�es de dinheiro de criminosos pela pol�cia, que iam para contas judiciais em nome do tribunal.
O recurso ficava � espera da decis�o de um juiz, mas Eliana teria desviado quantias para o pr�prio bolso e de outros cinco c�mplices, entre vizinhos e parentes. Eles recebiam de 5% a 10% do valor desviado das contas judiciais.
Ela escolhia um processo para fraudar, em que o dinheiro apreendido ainda estivesse numa conta da Justi�a. Depois, preparava a falsifica��o de documentos e elaborava e emitia guias falsas -que eram ordens de saque e serviam para desviar recursos dessas contas.No primeiro momento, os ju�zes n�o perceberam que se tratava de um golpe e autorizaram os saques. Por estar h� 31 anos no servi�o p�blico e ser funcion�ria de carreira do Poder Judici�rio, ela era considerada uma pessoa de "extrema confian�a".
Ela manipulava os dados do sistema informatizado do tribunal, alterando o nome dos benefici�rios dos of�cios ou alvar�s de libera��o das quantias. O juiz n�o tinha condi��o de verificar e at� pela confian�a que era depositada nela, essa altera��o era bem-sucedida. Patr�cia Alves Cruz, ju�za corregedora do Departamento de Inqu�ritos Policiais da Capital
O promotor de justi�a Juliano Atoji disse que o valor total dos desvios podem passar de R$ 2,5 milh�es. O montante desviado iria para o Fundo Nacional Antidrogas e ao Fundo Penitenci�rio.
O promotor relatou que Eliana comprou ouro, ve�culos e adquiriu im�veis, entre eles, uma cobertura no Guaruj�, no litoral paulista.
A pol�cia afirma que ela teria confessado o crime, mas o advogado de Eliana, Marcelo Rigonato, disse � TV Globo que ela n�o confirma os desvios. "Ela vai falar no momento oportuno a respeito dessa situa��o. Se houver uma chance de provar que eles s�o inocentes, a defesa agarrar� essa chance e utilizar� ela para provar isso".