Ciclone no Rio Grande do Sul: n�mero de mortos chega a 47

Subiu para 47 o n�mero de mortos em decorr�ncia do ciclone extratropical no Rio Grande do Sul, segundo o balan�o divulgado na manh� desta ter�a-feira (12/9) pela Defesa Civil do estado. O �ltimo �bito foi registrado no munic�pio de Colinas, que j� conta com duas mortes at� o momento.

 

Mu�um � a cidade com o maior n�mero de mortes, 16, seguida por Roca Sales, com 11 mortos. Depois figuram as cidades de Cruzeiro do Sul (5), Lajeado (3); Colinas, Estrela e Ibiraiaras (com 2 �bitos cada); e Bom Retiro do Sul, Encantado, Imigrante, Mato Castelhano, Passo Fundo e Santa Tereza registraram, at� o momento, um �bito cada.

 

O vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, informou que o n�mero de pessoas desaparecidas caiu para 8, sendo 2 em Lajeado, 1 em Roca Sales, 4 em Mu�um, e 1 em Arroio do Meio. Segundo ele, o n�mero � bem menor do que estava sendo reportado pela Defesa Civil nos �ltimos dias, de 46 desaparecidos.

 

Ainda de acordo com Souza, a queda est� relacionada � for�a-tarefa feita pelo governo estadual em parceria com outros estados para identificar se o n�mero de desaparecidos notificados pelas prefeituras realmente refletia a situa��o das pessoas n�o localizadas. Ele destacou que, muitas das vezes, os familiares n�o avisam �s autoridades quando algu�m que estava desaparecido ï¿½ localizado.  

 

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A Defesa Civil informou que 3.130 pessoas foram resgatadas at� o momento. H� 4.794 desabrigados e 20.517 desalojados, al�m de 925 feridos.

 

O �ltimo boletim meteorol�gico divulgado pela Sala de Situa��o do governo do Rio Grande do Sul alerta para um “alto volume de chuva e temporais esperados para os pr�ximos dias, sobretudo na metade sul” do estado. At� sexta-feira (15) h� o risco de tempo severo em grande parte das regi�es, al�m de alto risco para queda de granizo, descargas el�tricas e vento forte”.

 

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Eventos extremos cada vez mais frequentes

A professora do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Nubia Beray, explica que o �ltimo relat�rio do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudan�as Clim�ticas) evidenciou que o aumento das temperaturas tem intensificado a frequ�ncia dos eventos extremos. “Em �mbito te�rico e de an�lise de processos a gente sabe que o um dos indicadores de mudan�a clim�tica, que � o aquecimento global, tem esse potencial de ampliar a ocorr�ncia e a frequ�ncia dos eventos extremos.”

 

Para Beray a tend�ncia � que os fen�menos extremos v�o assumir uma magnitude cada vez maior. Segundo ela, o atual momento exige o estabelecimento de pol�ticas p�blicas de adapta��o e de mitiga��o.

 

“A gente vai conviver mais com esses eventos. Essa � uma quest�o que levanta muita discuss�o e a necessidade de pol�ticas p�blicas em v�rios aspectos. No primeiro momento, adapta��o, e, no segundo, o da mitiga��o. Porque a gente passou de um momento em que a gente discutia se era necess�rio se adaptar, onde era necess�rio, mas a gente tem visto que a adapta��o n�o � uma escolha, � uma necessidade. S� que, para a gente promover estruturas socioespaciais adaptadas, a gente precisa de pol�ticas p�blicas para isso.”

 

*Estagi�ria Isabel Dourado sob a supervis�o de Andreia Castro