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Estado de Minas FALSO PROFETA

Pastores prometiam lucro de 1 octilh�o de reais a fi�is, diz pol�cia

Segundo investiga��o, pessoas no Brasil e no exterior eram induzidas a investirem quantias em dinheiro com a promessa de receber valores super altos


20/09/2023 10:34 - atualizado 20/09/2023 11:39
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Imagem do pastor que é acusado de esquema criminoso
Na foto, o pastor Os�rio Lopes � um dos alvos da opera��o Falso Profeta. Ele manipulava as v�timas por meio da f� (foto: Reprodu��o/Instagram/@prosoriolopes)

Uma organiza��o criminosa foi alvo de opera��o da Pol�cia Civil do Distrito Federal nesta quarta-feira (20) pelos crimes de estelionato contra 50 mil pessoas.

Segundo investiga��o da pol�cia, pessoas no Brasil e no exterior eram induzidas a investirem quantias em dinheiro com a promessa de recebimento futuro de valores super altos, sendo persuadidos com o uso da f� alheia, da cren�a religiosa e invocando de uma teoria conspirat�ria apelidada de "Nesara Gesara".

O golpe, aplicado por lideran�as religiosas, consistia na conversa enganosa por meio de redes sociais, como YouTube, Telegram, Instagram e WhatsApp. A pol�cia detectou a promessa de que, com um dep�sito de R$ 25, as pessoas poderiam receber de volta o valor de um octilh�o de Reais, ou mesmo "investir" R$ 2.000 para ganhar 350 bilh�es de centilh�es de euros.

Denominada de "Falso Profeta", a opera��o cumpriu dois mandados de pris�o preventiva e dezesseis mandados de busca e apreens�o no Distrito Federal contra uma organiza��o criminosa por pr�tica de estelionato, falsidade ideol�gica, lavagem de dinheiro e sonega��o fiscal, informou a Pol�cia Civil.

A investiga��o come�ou h� cerca de um ano. A investiga��o apontou movimenta��o superior a R$ 156 milh�es nos �ltimos cinco anos, bem como foram identificadas cerca de quarenta empresas "fantasmas" e de fachada, e mais de oitocentas contas banc�rias suspeitas.

Os alvos eram, em sua grande maioria, evang�licos, que investiam suas economias em falsas opera��es financeiras ou falsos projetos de a��es humanit�rias, com promessa de retorno financeiro imediato e grande rentabilidade.

O golpe fez mais de 50 mil v�timas, que eram de "diversas camadas sociais" e localizadas em quase todos os estados. Para enganar as pessoas, os suspeitos tinham pessoas jur�dicas "fantasmas" e de fachada simulando ser institui��es financeiras digitais, com alto capital social declarado, por meio das quais as v�timas supostamente iriam receber suas fortunas.

A organiza��o � composta por cerca de duzentos integrantes, incluindo dezenas de lideran�as evang�licas intitulados pastores, que induzem e mant�m em erro as v�timas, normalmente fi�is que frequentam suas igrejas, para acreditar no discurso de que s�o pessoas escolhidas por Deus para receber a "Ben��o", ou seja, as quantias milion�rias.

Para dar apar�ncia de veracidade e legalidade �s opera��es financeiras, os investigados ainda celebram contratos com as v�timas, com promessas de libera��o de quantias surreais provenientes de inexistentes t�tulos de investimento, que estariam registrados no Banco Central do Brasil e no Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).

 

 

A INVESTIGA��O

 

Em dezembro do ano passado, a Pol�cia Civil prendeu, em Bras�lia, um suspeito de envolvimento no esquema, ap�s ele ter feito uso de documento falso em uma ag�ncia banc�ria, simulando possuir um cr�dito de aproximadamente R$ 17 bilh�es. Mesmo ap�s a pris�o em flagrante do suspeito, o principal digital influencer da organiza��o criminosa, o grupo continuou aplicando golpes.

Foram cumpridas medidas cautelares de bloqueio de valores, bloqueio de redes sociais e decis�o judicial de proibi��o de utiliza��o de redes sociais e m�dias digitais. Foram cumpridos mandados de busca e apreens�o no Distrito Federal e outros quatro estados: Goi�s, Mato Grosso, Paran� e S�o Paulo.

Os alvos poder�o responder pelo cometimento dos delitos de estelionato, falsifica��o de documentos, falsidade ideol�gica, lavagem de dinheiro, crimes contra a ordem tribut�ria e organiza��o criminosa.

A Pol�cia Civil n�o divulgou os nomes dos alvos da opera��o. O UOL entrou em contato com a corpora��o em busca dos nomes e suas respectivas defesas. O texto ser� atualizado em caso de retorno.


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