
Durante a noite, os endere�os separados apenas pela rua Renata Crespi costumam ser rodeados por carros e motos. V�deos pornogr�ficos l� gravados acumulam audi�ncia nas redes sociais.
Agora, usu�rios relatam temor de comparecer �s pra�as sem a prote��o de troncos e copas. Mas nem todos. Nesta segunda-feira (2), a reportagem da Folha de S.Paulo flagrou um homem se masturbando � luz do dia na �rea.
Em nota, a gest�o Ricardo Nunes (MDB) diz ter revitalizado os endere�os. "A reforma constituiu na pintura dos canteiros, das guias, bancos, mesas, poda das �rvores e corte de mato da �rea ajardinada, deixando assim o ambiente agrad�vel para os moradores da regi�o", informa o texto.
Sandra Oliveira, 43, afirma duvidar da explica��o do poder p�blico. Comerciante de �gua em uma das esquinas da pra�a Aureliano leite, ela diz ter certeza de que os cortes s� ocorreram para afastar esses visitantes. "� triste, eu vendia muito para essa turma. Estavam sempre com sede", conta aos risos.H� uma rota conhecida para sexo ao ar livre na capital. Parques, ruas e avenidas fazem parte do itiner�rio, como mostrou reportagem da Folha de S.Paulo. O Mirante da Lapa, tamb�m na zona oeste, � um dos pontos. Moradores do entorno reclamam com const�ncia das cenas e, mensalmente, den�ncias s�o encaminhadas � prefeitura.
A 7 km, outro endere�o refugia adeptos do "dogging": a rua Curitiba, no Para�so, zona sul da cidade. L�, c�njuges dividem espa�o com mich�s e seus clientes. O movimento come�a por volta da meia-noite.
Pr�ximo dali, o parque Ibirapuera � outra alternativa. Indiv�duos buscam poss�veis parceiros por toda a sua extens�o. Segundo um visitante ass�duo, basta ficar atento aos sinais, como uma piscadela ou um assobio.
J� na zona leste, uma trilha faz as vezes de motel naturalista. Ela est� encravada no Parque Ecol�gico do Tiet� —gerido pelo governo do estado—, pr�xima � esta��o Engenheiro Goulart da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
Segundo o artigo 233 do C�digo Penal, praticar sexo em local p�blico � crime de menor potencial ofensivo. A pena prevista vai de tr�s meses a um ano de reclus�o ou multa. As autua��es, afirma a SSP (Secretaria da Seguran�a P�blica), podem ser efetuadas somente em flagrante. V�deos, portanto, n�o valem como provas.