Ortopedista mineiro estava no mesmo quiosque pouco antes de colegas mortos

Ortopedistas que est�o participando do 6º Congresso de Ortopedia de Cirurgia Minimamente Invasiva do P� e do Tornozelo est�o assustados com a viol�ncia do Rio de Janeiro, ap�s a morte dos m�dicos, assassinados quando estavam em um quiosque, em frente ao hotel em que estavam hospedados. 

O ortopedista mineiro Daniel Baumfeld � um dos organizadores do congresso e estava no quiosque com a fam�lia e outros colegas de profiss�o horas antes do crime, na noite de quarta-feira (4/10), entre 19h30 e 20h30. Momentos depois, eles seguiram para outro restaurante.

 

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Para ele, o crime foi uma "situa��o bizarra", em suas palavras. "Viemos participar de um congresso mundial, com a presen�a de pessoas do mundo inteiro, em uma das cidades mais bonitas e mais perigosas do Brasil. Impressiona o quanto estamos expostos no nosso pa�s. N�o se pode sair do hotel com seguran�a, sem se sentir amea�ado", declara.

Devido ao clima de inseguran�a, ele conta que v�rios colegas acharam por bem deixar a cidade e n�o participar mais do evento e outros optaram por assistir �s palestras no formato online. 

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O especialista, inclusive, comentou sobre a situa��o inc�moda de ter que dar explica��es aos especialistas estrangeiros que questionaram a falta de seguran�a no Brasil, al�m do clima de tristeza na abertura do congresso. "Todos estamos abalados diante da condi��o de inseguran�a no nosso pa�s. Como m�dicos, sempre tentamos fazer o melhor para as pessoas. E, pela mem�ria de nossos amigos, seguimos aqui compartilhando as melhores experi�ncias cient�ficas para melhor cuidar de nossos pacientes e, ao mesmo tempo, exigimos justi�a."

 

 

"Tirar a vida de um m�dico, algu�m que por ess�ncia vive para salvar vidas, � um crime inaceit�vel. Os tr�s colegas que faleceram deixaram suas fam�lias para se atualizar no Rio de Janeiro e infelizmente n�o voltar�o para os bra�os de seus filhos", diz Tiago Baumfeld, tamb�m mineiro, irm�o de Daniel, que tamb�m iria participar do congresso, mas acabou n�o indo, devido a outros compromissos.

 

 

Tiago cita o ortopedista Marcos Corsato, de 62 anos, um dos m�dicos mortos, que era um membro presente em todos os eventos e congressos da Associa��o Brasileira de Medicina e Cirurgia do P� e do Tornozelo (ABTP�).

"Era uma pessoa muito querida, com quem tive o prazer de conviver. A indigna��o e a dor desse ocorrido colocam em quest�o, novamente, o grave problema de seguran�a p�blica que vivemos no Brasil, especialmente no Rio de Janeiro. Que seguran�a temos para fazer coisas t�o simples quanto realizar uma confraterniza��o na frente do hotel de um congresso? Nenhuma. N�o vamos nos sentir seguros enquanto assassinatos a sangue frio continuarem a ocorrer e cada vez mais perto. Em nome dos colegas ortopedistas, deixo os meus sentimentos �s fam�lias dos falecidos e � torcida pela vida de Daniel Proen�a", referindo-se ao m�dico que sobreviveu aos tiros disparados pelos bandidos.