
O governador do Rio de Janeiro, Cl�udio Castro (PL), disse que o estado fluminense vai combater de forma implac�vel as organiza��es criminosas respons�veis pela execu��o dos tr�s m�dicos, Diego Ralf Bomfim, Marcos de Andrade Corsato e Perseu Ribeiro Almeida, com 33 tiros, em um quiosque na orla da Barra da Tijuca na madrugada da quinta-feira. Castro chamou essas organiza��es de verdadeiras m�fias e prometeu que as investiga��es avan�ar�o mesmo com a identifica��o dos executores do crime na madrugada de quinta-feira. “Iremos at� o fim para combater essas organiza��es criminosas, essas m�fias. Aqui no estado compriremos com a nossa responsabilidade e enfrentaremos de forma implac�vel essas organiza��es criminosas, verdadeiras m�fias”, disse o governador em coletiva no in�cio da tarde de ontem.
Castro prometeu que far� um “combate implac�vel” contra a m�fia “sanguin�ria, violenta e fortemente armada, que tem que ser combatida com dureza pela m�o forte do Estado”. Na entrevista, ao lado do secret�rio-executivo do Minist�rio da Justi�a e Seguran�a P�blica, Ricardo Cappelli, com quem Castro se reuniu no fim da manh�, no Pal�cio Guanabara, sede do governo fluminense, o governador apontou que o compromisso com a seguran�a p�blica vai al�m de ideologias.
“� um problema do Brasil e temos que parar de achar que � pontual. S� conseguiremos ter sucesso no combate � criminalidade se for um combate de todos: estados, governo federal e prefeituras. N�o � uma briga de traficantes e milicianos. � uma verdadeira m�fia, que tem verdadeiramente entrado nas institui��es, nos poderes, no com�rcio, nos servi�os, inclusive no sistema financeiro nacional”, refor�ou o governador.
Ele ressaltou, ainda, que a investiga��o da Pol�cia Civil do Rio (PC-RJ) j� tinha a confirma��o dos autores do crime “brutal” contra os m�dicos, em menos de 12 horas, mas que as for�as do estado foram surpreendidas pela a��o das “m�fias” com seu “pseudo-tribunal do crime”, que eliminou os executores. “O que nos parece � que at� eles se indignaram com a a��o dos seus pr�prios e fizeram essa puni��o interna. Temos que achar, inclusive, quem cometeu esse segundo assassinato. O Estado n�o se abala. � �bvio que eles j� sabiam quem tinha sido, foram � frente e puniram eles. Tem que ver se foram todos, se tinha mais gente envolvida, a investiga��o n�o muda em nada”, garantiu Castro.
Investiga��o
A Pol�cia Civil do Rio confirmou ontem que a execu��o dos m�dicos paulistas no bairro da Barra da Tijuca, na madrugada de quinta-feira, foi um engano. As investiga��es apontam que os quatro homens encontrados mortos dentro de dois carros na Gard�nia Azul, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, s�o efetivamente os autores do crime praticado contra os m�dicos.
O secret�rio-executivo do Minist�rio da Justi�a e Seguran�a P�blica, Ricardo Cappelli, disse que o governo federal vai ampliar a parceria entre o governo do estado fluminense e a Pol�cia Federal. “O ministro Fl�vio Dino determinou e n�s vamos ampliar as a��es de intelig�ncia aqui no estado do Rio de Janeiro”, prometeu Cappelli, que fez quest�o de refor�ar a necessidade de uni�o das esferas governamentais independentemente de ideologias.
O governador do Rio aproveitou para refor�ar a fala do secret�rio-executivo. “� importante deixar claro, eu n�o apoiei o presidente Lula, ele n�o me apoiou, isso n�o � uma quest�o pol�tica, isso � uma quest�o de seguran�a p�blica”, apontou Castro.
Despedida
Os corpos dos m�dicos Marcos de Andrade Corsato, de 62 anos, Diego Ralf Bomfim, 35, e Perseu Ribeiro de Almeida, 33, v�o ser enterrados em diferentes cidades de S�o Paulo e da Bahia. Eles foram executados a tiros em um quiosque da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, na madrugada de quinta-feira. Marcos, Diego e Perseu foram alvo de ao menos 33 tiros de pistolas nove mil�metros. Outro m�dico, Daniel Sonnewend Proen�a, tamb�m ficou ferido. O caso ocorreu na Avenida L�cio Costa, na Barra da Tijuca, pr�ximo a um quiosque na altura do Posto 4. Familiares das v�timas liberaram os corpos do Instituto M�dico Legal (IML) Afr�nio Peixoto, no Rio, no fim da tarde de quinta-feira. � noite, ainda n�o havia informa��es sobre os vel�rios, j� que as cerim�nias dependiam do traslado e do hor�rio de chegada dos corpos. Irm� de Diego Ralf Bomfim, a deputada federal S�mia Bomfim (PSol-SP) viajou para Presidente Prudente, no interior paulista, onde o m�dico nasceu e vai ser velado e sepultado. Os pais deles tamb�m moram na cidade
Sobrevivente
O m�dico Daniel Sonnewend Proen�a, o �nico que sobreviveu ao ataque a tiros contra ele e outros tr�s ortopedistas em um quiosque da Barra da Tijuca (RJ), na madrugada de quinta-feira, falou pela primeira vez ap�s o atentado. Em v�deo publicado pela jornalista e colunista Lu Lacerda, do Ig , ele diz que est� bem e agradece as mensagens que recebeu de apoio. "T� bem, viu? T� tudo tranquilo, gra�as a Deus. S� com umas fraturas, mas vai dar certo. Vamos sair dessa juntos. Valeu pela preocupa��o, obrigado", diz ele no v�deo. Daniel foi o �nico sobrevivente do ataque a tiros contra quatro m�dicos ortopedistas na Barra da Tijuca e levou cerca de 14 tiros, o que causou 24 perfura��es no corpo. Dois desses disparos passaram de rasp�o. O ortopedista teve les�es no t�rax, intestino, p�lvis, m�o, pernas e p�. Daniel passou por cirurgia de 10 horas para conter os danos causados pelo ataque. No entanto, ele ainda est� com uma bala alojada no ombro.