Gringos descobrem 'Padre do bal�o' e se chocam com piadas sobre o caso

J� faz 15 anos da morte do padre Adelir de Carli. Em 2008, o religioso decidiu voar a bordo de mil bal�es de g�s h�lio de Paranagu�, no Paran�, at� Dourados, no Mato Grosso do Sul. Mas o voo acabou de forma tr�gica e seu corpo s� foi encontrado tr�s meses depois. S� agora, no fim de 2023, internautas de outros pa�ses descobriram o caso. S�o v�rios posts de pessoas chocadas com a hist�ria. 

Aderli de Carli fez o voo por um motivo nobre:  arrecadar dinheiro para financiar as obras de uma esp�cie de hotel para caminhoneiros, um espa�o de descanso para motoristas que passavam pela cidade. Mas isso n�o impediu que ele se tornasse meme e que a express�o ‘Padre do bal�o’ fosse associada a algo inconsequente e a decis�es ruins.

 

A descoberta aconteceu por conta de um post em um perfil do X sobre imagens curiosas. As imagens logo viralizaram e trouxeram o questionamento se a hist�ria era realmente real. Depois, diversas p�ginas se dedicaram a contar o fat�dico epis�dio. A maioria dos v�deos pontua que o padre s� fez a viagem em prol da caridade, mas que mesmo assim ele se tornou meme. “Parte meu cora��o que as pessoas possam zombar de sua morte”, escreveu um perfil.

“N�o foi nem por ele mesmo, mas ele ainda foi ridicularizado ap�s sua morte”, defendeu outro. “Por que as pessoas fariam um meme sobre isso?”, perguntou um coment�rio. “Foi gentil da parte dele fazer isso por caridade. No entanto, Jesus disse que n�o tentar�s o Senhor teu Deus…”, argumentou outro. 

Relembre o caso

O padre Adelir de Carli criou a Pastoral Rodovi�ria, em 2004, como um apoio para caminhoneiros da regi�o. Ele era um paraquedista experiente e ficou conhecido tanto pelas suas aventuras nos esportes radicais quanto no seu trabalho em prol dos direitos humanos.

Em 2008, ele decidiu bater o recorde de voo de bal�o mais longo. Ele contou com a ajuda de dois pilotos de bal�o durante o planejamento, mas decidiu ir sozinho na viagem. Com uma roupa de astronauta feita com papel alum�nio, um celular, um GPS e um paraquedas, ele deu in�cio � jornada.

Pouco depois de decolar, o religioso foi levado pelo vento em dire��o ao mar. Segundo seu GPS, ele chegou a sobrevoar o litoral sul do Paran�. Mas, em seguida, Adelir desapareceu. As autoridades confirmaram que o padre tentou usar o paraquedas, mas o equipamento n�o funcionou.

Dado como desaparecido, come�ou uma opera��o de busca pelo padre, mas seus restos mortais foram encontrados apenas tr�s meses depois, na costa do Rio de Janeiro. A fam�lia do padre processou a empresa de bal�es que teria fornecido o equipamento utilizado na viagem. Em 2011, a Justi�a de Santa Catarina condenou a empresa a pagar uma indeniza��o de R$ 500 mil � fam�lia do padre. A empresa recorreu da decis�o, mas o recurso foi negado pelo Tribunal de Justi�a de Santa Catarina em 2015.