�gua parada apodrece. Embora na superf�cie aparente limpidez e transpar�ncia, abriga organismos nocivos que, tocados, liberam os males que se abrigam no sil�ncio das profundezas. Da� por que se fala na maldi��o do 1% ao analisar economias cujo Produto Interno Bruto (PIB) tem crescimento quase vegetativo.
Ano ap�s ano, o �ndice se mant�m. Mas n�o surpreende. � o que se espera de pa�ses com popula��o velha e demanda reduzida. Eles ultrapassaram o limiar da pobreza, atingiram um grau de bem-estar que os satisfaz e as oscila��es que se observam nos �ndices anuais os conservam na zona de conforto.
O mesmo n�o se pode dizer do Brasil. Estagna��o em na��es em desenvolvimento longe est� de significar boa not�cia ou not�cia menos m�. � p�ssima not�cia. Em bom portugu�s, quer dizer retrocesso. Quem para n�o fica parado. Fica para tr�s. A raz�o: outros avan�am e, alcan��-los, implica acelerar o ritmo.
O �ndice de Desenvolvimento Humano 2018 (IDH), que mede o bem-estar da popula��o com base nos indicadores de sa�de, escolaridade e renda, serve de exemplo. Divulgado ontem pela ONU, mostrou n�meros preocupantes. A nota do Brasil teve leve alta – de 0,760 para 0,761. Mas o pa�s retrocedeu no ranking: do 78º lugar passou para o 79º.
Se olhar um pouco mais para tr�s, descobre-se cen�rio mais sombrio. No per�odo de 2013 a 2018, a perda foi de tr�s posi��es. O principal respons�vel pelo quadro preocupante � a estagna��o na escolaridade. A expectativa de tempo de perman�ncia nas salas de aula est� estacionada em 15,4 anos desde 2016. N�o s�. Quando a nota leva em conta a desigualdade, a queda � de 23 posi��es.
Os dados pouco alvissareiros, por�m, n�o convidam ao des�nimo. Ao contr�rio. Comparados com os dos s�cios do Brics (R�ssia, �ndia, China e �frica do Sul), s� a R�ssia apresenta IDH mais elevado que o Brasil. Como diz Pedro Concei��o, diretor do Pnud respons�vel global pelo relat�rio, "o crescimento do IDH no Brasil � positivo, s�lido e sustent�vel".
Imp�e-se avan�ar. Depois de longa recess�o, cuja d�vida at� agora o pa�s n�o conseguiu saldar, a economia apresenta dados positivos. O PIB cresce. A infla��o est� sob controle. Os juros caem. O emprego engatou marcha ascendente. O consumo das fam�lias se robustece. S�o bons sinais que, espera-se, se acentuem daqui para a frente.
O sen�o apontado pelo IDH merece especial aten��o. A educa��o � a mola que al�ar� o pa�s a patamares superiores. O Minist�rio da Educa��o deve uma resposta aos brasileiros. A pergunta � simples: quais os projetos para tirar o Brasil da rabeira do Pisa e abrir as portas para o progresso?. Vale frisar: nenhuma na��o desenvolvida tem educa��o subdesenvolvida.