A pr�via da infla��o deste m�s ficou em 0,81%, 0,13 ponto percentual abaixo da taxa registrada em outubro. Por�m, a mais alta para novembro desde 2015 (0,85%). O aumento nos pre�os de alimentos e bebidas (2,16%) foi o que mais pesou no bolso dos brasileiros, segundo o �ndice Nacional de Pre�os ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE).
No acumulado deste ano, a infla��o chega a 3,13%, ainda abaixo da meta fixada para 2020: 4%, podendo variar 1,5 ponto para mais ou para menos. Nos �ltimos 12 meses, o �ndice � de 4,22% contra 3,52% registrados nos 12 meses anteriores. A flexibiliza��o da quarentena, com retomada de atividades em todos os setores da economia, levou os empres�rios a repassarem para os consumidores a alta de custos, puxada pelo d�lar.
No segmento da alimenta��o, o avan�o da infla��o � um desastre, quando h� cerca de 14 milh�es de trabalhadores desempregados e com poucas perspectivas de retorno ao mercado. Portanto, eles t�m mais dificuldades de colocar comida � mesa. Entre os vil�es, tem destaque a batata-inglesa, que encareceu 33,73% em novembro. O pre�o do tomate teve alta de 19,89%, seguido pelo �leo de soja, com aumento de 14,85%.
Enquanto os pre�os sobem, os investimentos est�o em queda no pa�s, o que dificulta ainda mais a t�o desejada retomada da economia. Nos primeiros 10 meses deste ano, o �ndice de investimentos diretos nos setores produtivos recuou 44,6%. Ou seja, totalizaram US$ 31,9 bilh�es, contra US$ 57,6 bilh�es em igual per�odo do ano passado. Na an�lise do Banco Central, a retra��o est� associada �s incertezas provocadas pela pandemia do novo coronav�rus, que pode entrar em uma terceira onda na Europa. No Brasil, epidemiologistas garantem que o aumento do n�mero de casos nas �ltimas semanas caracteriza uma segunda onda no pa�s.
Mas n�o � s� isso, na avalia��o dos especialistas. As elei��es municipais pararam o Congresso Nacional. Uma paralisia que antecede ao pleito e que indica a dificuldade de lideran�a no Executivo diante da base parlamentar de apoio, a fim de que sejam discutidas e aprovadas as proposi��es oriundas da equipe econ�mica. Desde o ano passado, o governo fala da import�ncia das reformas administrativa e tribut�ria, sem que ambas sejam libertadas do papel ou discurso.
Conter a alta da infla��o � desafio colocado � equipe do governo. No passado, o descontrole inflacion�rio levou a economia brasileira ao caos. Um cen�rio que n�o pode se repetir diante do ac�mulo de mazelas socioecon�micas existentes no pa�s. Manter o drag�o sob r�deas curtas � provid�ncia que se imp�e ao governo, ao lado de medidas que reconduzam o pa�s a uma nova era de crescimento.