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Certas certezas incertas

A na��o brasileira pagar� um alt�ssimo pre�o pelas in�meras decis�es question�veis dos �ltimos 20 anos


05/12/2020 04:00

Jo�o Dewet Moreira de Carvalho
Engenheiro-agr�nomo
 
No s�culo 16, Galileu Galilei, diante da sua revolucion�ria      descoberta de que a Terra gira ao redor do Sol – n�o o contr�rio –, foi constrangido, por um totalit�rio, a negar tal "hip�tese" sob amea�a de morte. O obscurantista advertiu o idoso cientista ao dizer-lhe: "Ou negar. Ou morrer. Que escolhe?". Constrangido, o velho s�bio           respondeu-lhe: "Eu nego!". Mas, com ironia, completou: "Contudo, que ela gira ao redor do Sol; ah, ela gira!".
 
  Demonstrando, dessa forma, que as ervas t�- xicas do fanatismo e obscurantismo sempre se desenvolvem onde predomina o solo putrefato da ignor�ncia. E, infelizmente, tal desgra�a independe do n�vel de escolaridade. Ali�s, a� reside o maior entrave ao progresso saud�vel das na��es. Pois evidencia que a solu��o para se evitar tais absurdos n�o est� restrita apenas � quest�o educacional.
 
  Ao contr�rio. Torna-se fundamental transformar a mentalidade de toda uma gera��o herdeira do equivocado ditado: "Farinha pouca, meu pir�o primeiro". Ou seja, quebrando a corrente educacional tradicional, ao conscientiz�-la da urg�ncia de se adotar o paradigma baseado no nascer do Sol. Ou seja, ele nasce para todos. N�o apenas para o deleite exclusivo de uma min�scula parcela manipuladora de direita ou esquerda. Raz�o de essas ideologias totalit�rias n�o admitirem o di�logo nem o saud�vel conv�vio com a diversidade e a democr�tica liberdade de opini�o. Por qu�?
 
  Porque o comando delas tem pavor do real confronto intelectual. Ent�o, se esconde atr�s da manipula��o religiosa e das fake news (direita) ou, ent�o, do uso inapropriado dos chamados "movimentos sociais" e da ilus�ria distribui��o de riqueza, atrav�s da desapropria��o dos bens alheios (esquerda). E cujo �nico objetivo � a manuten��o do seu grupelho no poder. Por isso, o fim delas � sempre igual, ao repetirem o mesmo erro. Qual?
 
   O uso recorrente de ferramentas inadequadas para solucionar seus graves problemas econ�micos. Por qu�? Problemas econ�micos    exigem ferramentas econ�micas para suas so- lu��es. Explicitando o inevit�vel conselho seguido � risca por todo verdadeiro estadista: nunca misturar pol�tica com religi�o ou falsas promessas sociais. Pois, no caso de desobedi�ncia, o caos ser� sempre o produto final.
 
   No entanto, o caso � bem mais grave ainda. Pois tais armadilhas enganosas existem at� mesmo dentro das ci�ncias, sendo a economia uma das respons�veis por um dos maiores ardis j� produzidos pela mente humana. S�rio? Sim. Qual? O equ�voco econ�mico do John Maynard Keynes. Ele vendeu uma malandragem pol�tica como resposta f�cil para complexas quest�es econ�micas. E, mais ainda, com uma genialidade que conseguiu iludir um mundo de brilhantes mentes pensantes ao transformar esse imenso engano pol�tico em uma das principais teorias econ�micas.
 
 Cuja fal�cia � evidenciada na fragilidade do sistema keynesiano. Pois ele simplesmente transforma um pequeno problema econ�mico presente em outro infinitamente maior no futuro. Ou seja, ele n�o resolve nada. Afinal, postergar a resolu��o do problema sob o argumento de que a �nica certeza da vida � a de que no futuro todos estar�o mortos, esquecendo-se de que outra verdade crucial foi omitida nesse parcial racioc�nio, � ris�vel. O que foi omitido, ent�o?
 
 O esquecimento de que as gera��es se sucedem. Ou seja, no futuro haver� outras gera��es que colher�o os amargos frutos da irresponsabilidade dos seus antecessores. Por lhes faltar co- ragem e capacidade em oferecer solu��es reais, no seu tempo de a��o. E, em vez disso, optaram pelas facilidades do doce chazinho de folha de laranjeira no lugar do amargo tratamento com base racional para a cura definitiva do paciente.
 
 Tais enganos descritos evidenciam que o s fanatismos n�o est�o restritos ao campo religioso. Ao contr�rio. H� seitas fan�ticas na economia que d�o medo. Ali�s, pavor! Pois a fal�cia de um Estado forte (o pensamento keynesiano � base dos nacionalismos) s� interessa aos intencionados na poss�vel instala��o futura de regimes totalit�rios. Quer seja de esquerda ou de direita.
 
 Que esse alerta sirva para o Brasil, pois o grande baque econ�mico que surgir� no horizonte n�o se restringe t�o somente ao fim da capacidade go- vernamental em manter o fluxo de aux�lios econ�micos � popula��o. Ou seja, no adiamento do problema. Ao contr�rio. Soma-se, ainda, ao imenso descontrole das contas p�blicas, al�m da completa aus�ncia de responsabilidade pol�tica dos l�deres da na��o pelo abandono �s reformas imprescind�veis respons�veis por maior efici�ncia administrativa. E tudo isso ir� impactar no pr�ximo vencimento do enorme passivo de curto prazo do Brasil. E do custo que ser� cobrado para ser rolado. Afinal, o chazinho de flor de laranjeira keynesiano iludiu todos de que tudo estava sob controle. N�o foi?
 
 Esquecem-se, os ing�nuos nacionalistas, de que o s�culo 21 ser� o do liberalismo social. Ou seja, do capitalismo empreendedor revestido de profunda responsabilidade social. Em que se buscar�o solu��es reais para as externalidades do sistema capitalista. Visando produzir um novo e reconstitu�do modo capitalista de vida. Tendo em vista n�o haver nenhuma outra op��o vi�vel, pois todos os seus concorrentes mostraram-se infinitamente mais ineficazes.
 
  A base do exponencial crescimento das ci�ncias nas �ltimas d�cadas � nunca abdicar do seu lema de sempre questionar tudo. Resumindo, nunca se vangloriar em f�ceis certezas. Pois que certezas, �s vezes, s�o enganadoras. E tal engano pode ser aplicado a todas as �reas do viver humano. Toda pessoa madura, inteligente, honesta e s�bia sempre ir� reconhecer ser pass�vel de cometer erros. Fatos da vida expressos nos singelos versos do jeca tatuzinho da ro�a: "Essa tal de certeza � bicho trai�oeiro/Por qu�? Bem, �s vezes, nos enganamos/E, sem perceber, desses muitos enganos/Constru�mos nossa pesada cruz de certezas/Tal calv�rio � bem comum/E o tenho visto a vida inteira/Pessoas sofrendo, anos e anos/Cheias de evidentes certezas/Que um dia, finalmente, descobrem/N�o passar, todas elas, de ilus�rias besteiras".
 
  Infelizmente, breve, a na��o brasileira pagar� um alt�ssimo pre�o pelas in�meras decis�es question�veis dos �ltimos 20 anos, das evidentes certezas dos seus l�deres. 
 
 


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