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Estado de Minas editorial

Economia em retra��o

Os brasileiros est�o superendividados e a renda do trabalho est� tomando uma sova da infla��o


02/09/2021 04:00

A economia brasileira voltou a ratear. O Produto Interno Bruto (PIB) caiu 0,1% no segundo trimestre do ano, contrariando a mediana das estimativas do mercado, que apontava para avan�o de 0,2%. Entre 51 pa�ses que divulgaram o resultado da atividade entre abril e junho, o Brasil ficou na 40ª posi��o, atr�s de emergentes como o M�xico, que, no mesmo per�odo, cresceu 1,5%, da Indon�sia, com incremento de 3,3%, e da Turquia, com alta de 0,9%.

A retra��o do PIB vem a se somar a uma s�rie de not�cias ruins no �mbito econ�mico. A infla��o caminha c�lere para os 10% ao ano, as contas de luz ficar�o quase 7% mais caras neste m�s, com elevado risco de racionamento, o pre�o da gasolina encosta nos R$ 7, mais de 14 milh�es de pessoas continuam desempregadas e � elevada a possibilidade de o Banco Central dar um choque de juros no pa�s para tentar conter o desastre. Economistas renomados dizem que o Brasil vive o perverso quadro de estagfla��o, ou seja, baixo crescimento com infla��o alta.

Os n�meros abertos do PIB indicam um quadro de forte deteriora��o. A agropecu�ria encolheu 2,8% no segundo trimestre, a ind�stria caiu 0,2% e os investimentos tombaram 3,6%. A produ��o agr�cola sente os efeitos da crise h�drica, uma vez que a estiagem prolongada atrapalhou o plantio de v�rias culturas. As f�bricas, por sua vez, sofrem com a alta e a escassez de insumos importantes. E os investidores botam o p� no freio por causa das incertezas econ�micas e pol�ticas.

Nesse cen�rio complicado, a principal mola propulsora da atividade, do lado da demanda, emperrou. O consumo das fam�lias ficou estagnado entre abril e junho, justamente no per�odo em que muitas atividades foram retomadas depois do horror da segunda onda da pandemia do novo coronav�rus. Os brasileiros est�o superendividados e a renda do trabalho est� tomando uma sova da infla��o. N�o h� como pensar em recupera��o desse consumo diante do aumento da conta de luz e dos alimentos e dos combust�veis mais caros.

O PIB decepcionante poderia ser apenas um ponto fora da curva, mas, segundo economistas, as perspectivas para os pr�ximos meses s�o muito ruins. As chances de o pa�s racionar energia subiram muito e as turbul�ncias geradas por Bras�lia tendem a aumentar � medida que as elei��es de 2022 forem se aproximando. N�o por acaso, todas as proje��es para o crescimento econ�mico deste ano e do pr�ximo est�o encolhendo. 

Se houvesse uma vacina��o mais c�lere e ampla, as atividades econ�micas teriam voltado mais rapidamente e as incertezas em rela��o � pandemia teriam sido removidas do radar de empres�rios, investidores e consumidores. Mais: a calmaria pol�tica teria evitado um d�lar a quase R$ 5,50, que inflou todos os �ndices de pre�os.

Mas ainda � poss�vel evitar o pior nos pr�ximos meses. Basta que o governo fa�a o que tem de ser feito: construa um ambiente de pacifica��o, favor�vel aos neg�cios.


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