(none) || (none)
UAI

Continue lendo os seus conte�dos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e seguran�a do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/m�s. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas

Com�rcio exterior na mira da guerra

Estoques de mercadorias e principalmente de mercadorias absolutamente necess�rias para um vivenciamento m�nimo dever�o ser reestudados


22/03/2022 04:00 - atualizado 21/03/2022 23:47

Paulo C�sar Alves Rocha 
Especialista em infraestrutura, log�stica e mercado exterior (Onevox Brasil)

Ilustração

A guerra travada na Ucr�nia est� mudando a forma como tratamos hoje a economia, o transporte entre pa�ses, a conex�o de redes de dados, a interconex�o dos mercados financeiros, como trabalhamos e produzimos. Uma “pr�-estreia” no caso do transporte a�reo j� havia acontecido na erup��o do vulc�o na Isl�ndia.

A economia mundial est� muito interconectada tanto no sistema financeiro quanto na ind�stria e no com�rcio. Transa��es financeiras s�o realizadas em tempo real no mundo todo, as informa��es de abertura dos mercados financeiros s�o passadas quase que instantaneamente, podem-se operar contas banc�rias de qualquer parte do mundo.

As ind�strias seguem dois conceitos bem fortes: o primeiro � que elas s�o um elo de uma imensa cadeia de suprimentos, o que quer dizer que geralmente ela depende de insumos e seu produto pode ser um insumo de outro; o segundo – a competitividade – consiste em adquirir sempre produtos de locais onde eles sejam mais baratos e tenham qualidade.

O com�rcio ent�o se expande junto com a log�stica acompanhando as cadeias de suprimentos, passando a ser globalizado. Esses conceitos de competividade e interconex�o dos mercados est�o sendo colocados � prova desde a erup��o do vulc�o na Isl�ndia, depois na pandemia e agora como consequ�ncia da guerra na Ucr�nia, pois a paralisa��o ou efeitos em um meio de transporte afetam o com�rcio internacional e paralisam ind�stria e neg�cios, esses �ltimos no Brasil representados pelo agroneg�cio.

No momento, estamos sentindo os efeitos da guerra e da pandemia; essa, quando se pensa que acabou, volta agora como na China, paralisando uma importante regi�o industrial. Como no caso da guerra, esses problemas locais de pandemia afetam o com�rcio internacional e, por consequ�ncia, o setor industrial, tamb�m pela reten��o de cont�ineres.

Para o com�rcio exterior trata-se de uma desarruma��o total, porque cont�ineres e mercadorias ficar�o em pontos produtores ou de destino, afetando a cadeia de suprimentos. As consequ�ncias ser�o que as redes de suprimento, baseadas nas compet�ncias de cada pa�s de produzir melhor e por valores mais baixos, que fazem com que um determinado produto possa ter partes fabricadas em diversos pa�ses e finalizadas em outro, dever�o ser avaliadas, porque todos os pa�ses e empresas tender�o a revisar seus planos estrat�gicos.

Estoques de mercadorias e principalmente de mercadorias absolutamente necess�rias para um vivenciamento m�nimo, que nos antigos conceitos de cadeia de suprimentos eram minimizados ou centralizados em locais com facilidade de transporte at� os seus locais de consumo, dever�o ser reestudados.

Outra consequ�ncia da guerra, aliada �s metas da COP-26, ser� a da acelera��o da mudan�a das matrizes energ�ticas de energia � base de materiais f�sseis para energia limpa. Para o Brasil, a guerra e a perdura��o da pandemia causam apreens�o quanto a fertilizantes e pre�o maior de commodities como petr�leo, milho e trigo, mas tamb�m causa apreens�o porque toda a cadeia de suprimentos ser� afetada e teremos que verificar caso a caso.

Para o caso particular de fertilizantes, alguns de n�s temos restri��es por falta de jazidas que satisfa�am nossas necessidades, mas existem outros que aqui poderiam ser produzidos desde que pud�ssemos evitar os gargalos log�sticos e de natureza tribut�ria. De qualquer forma,  temos que diversificar os fornecedores no curto e m�dio prazos. Outros pontos em discuss�o no momento s�o a possibilidade de menor utiliza��o de fertilizantes e o uso de fertilizantes org�nicos, que temos bastante.

Embora seja cedo para tra�ar cen�rios, � certo que a log�stica de com�rcio entre pa�ses (com�rcio exterior) sofrer� altera��es, quer pelas modifica��es nos conceitos de cadeias de suprimento, quer pelas mudan�as de consumo de mercadorias como um todo (petr�leo, g�s, equipamentos, produtos qu�micos e farmac�uticos, alimenta��o em geral), seja pela forma com que s�o tratados, passando a haver necessidade de um planejamento de custos de transporte, armazenagem e forma de pagamento de tributos.

Assim, os profissionais que trabalham em log�stica, log�stica aduaneira e consultoria em regimes aduaneiros devem estar atentos a todas as modifica��es que vir�o.
 


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)