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Estado de Minas artigo

Mar�o Azul-marinho: � melhor, literalmente, prevenir do que remediar


26/03/2022 04:00





Paulo Eduardo Piz�o
Coordenador do Vera Cruz Oncologia

Impedir o desenvolvimento do c�ncer colorretal � uma quest�o de escolhas individuais. N�o apenas no que tange a uma vida de h�bitos saud�veis, tais como praticar exerc�cios f�sicos com frequ�ncia, regrar a alimenta��o (se puder, com �nfase em frutas, verduras e legumes), n�o ser tabagista, entre outros. Mas, ainda, no sentido de ficar atento � realiza��o de exames.

Obviamente, isso vale para qualquer tipo de c�ncer. Por�m, no Mar�o Azul-marinho, m�s de alerta para esta espec�fica patologia, � fundamental disseminar a import�ncia da colonoscopia. Ao contr�rio de outros, n�o se trata de um exame de investiga��o, quando j� h� algo concreto ocorrendo no corpo. � uma an�lise de rastreamento. Por meio dela, o m�dico consegue visualizar ou buscar por p�lipos (pequenas “verrugas”) na parede interna do intestino. Eles conseguem ser removidos durante a pr�pria colonoscopia e s�o enviados para bi�psia, que determinar� o resultado.

No Brasil, a recomenda��o � de que o exame seja feito de tempos em tempos a partir dos 50 anos de idade, tanto para homens quanto para mulheres. Pessoas sem hist�rico familiar da doen�a e com um estilo de vida mais saud�vel dificilmente ir�o apresentar anomalias. Para quem tem parentes pr�ximos com diagn�stico confirmado ou doen�as inflamat�rias do intestino (como retocolite ulcerativa ou doen�a de Crohn, por exemplo) e indiv�duos com certas doen�as heredit�rias (como a polipose familiar), a orienta��o sobre exames de rastreamento deve ser individualizada e realizada com anteced�ncia. Em alguns casos, � recomendada a avalia��o por especialista. Ficar� a crit�rio do m�dico decidir a periodicidade e quais an�lises laboratoriais solicitar de cada indiv�duo.

De acordo com o Instituto Nacional do C�ncer (Inca), o c�ncer de c�lon e reto � o terceiro mais comum no Brasil, com um total de aproximadamente 40 mil casos diagnosticados ao ano. A padroniza��o internacional para medir a gravidade de um c�ncer vai de 1 a 4. O �ndice de cura para pacientes que seguem as diretrizes do diagn�stico precoce e detectam a patologia nos est�gios iniciais (1 e 2) � de 90%. Quando a descoberta acontecer na fase intermedi�ria (3) ou na avan�ada (4), em que ganhou a capacidade de se metastatizar, o tratamento tem boas chances de ser bem-sucedido, haja vista os grandes avan�os da medicina e da tecnologia, al�m de enormes progressos nas pr�ticas e procedimentos com o pr�prio c�ncer colorretal, que v�m evoluindo substancialmente nos �ltimos 15 anos.

Conhecer os sinais e sintomas mais frequentemente associados ao c�ncer colorretal tamb�m � relevante. Deve-se buscar avalia��o m�dica, sem demora, nos seguintes casos: se observar a presen�a persistente de sangue nas fezes; se as fezes passarem a ter formato fino ou achatado; se acontecer mudan�a inexplic�vel no h�bito intestinal, especialmente se forem per�odos de diarreia intercalados com per�odos em que o intestino para de funcionar; se surgir dor ou desconforto abdominal recorrentes; se detectada tumora��o abdominal, anemia, fraqueza e/ou perda cont�nua de peso sem motivo.

Por isso a reflex�o sobre deixarmos de lado certa neglig�ncia para fazer a colonoscopia. Entendemos a dificuldade do preparo, que exige a ingest�o de laxante e dieta por 24 horas para deixar o intestino “limpo” para o procedimento, fatores desagrad�veis que contribuem muito para evitarmos e protelarmos em demasia sua realiza��o. Por�m, o que s�o essas 24 horas frente aos benef�cios futuros, tendo em vista que � uma an�lise que contribui de forma extraordin�ria no impedimento ao surgimento desse tipo c�ncer? � melhor prevenir do que remediar. Neste caso, literalmente.


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