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Estado de Minas editorial

Fuja dos modismos

A busca desenfreada por cirurgias, procedimentos, tratamentos e medicamentos sem orienta��o m�dica pode trazer graves consequ�ncias


15/04/2022 04:00

Volta e meia surge no mercado um tratamento com promessa de resultados m�gicos, na maioria dos casos com finalidade est�tica. Muitas vezes estimulados por influencers nas redes sociais, que apresentam o ideal perfeito de beleza com o endosso de que aquele resultado foi alcan�ado gra�as a determinado medicamento ou procedimento, as pessoas v�o atr�s dessas dicas sem saber se realmente funcionam e quais os riscos e efeitos colaterais podem provocar.

Sem saber de fato o que realmente est� consumindo, o resultado, muitas vezes, aponta para o desenvolvimento de doen�as que poderiam ser evitadas se, em vez de buscar na internet “f�rmulas milagrosas”, as pessoas procurassem um profissional especialista no assunto para diagnosticar e apontar o melhor tratamento, personalizado e de acordo com suas reais necessidades.

Muitas vezes, esses tratamentos que prometem milagres na apar�ncia s�o prescritos por m�dicos que n�o s�o especialistas naquela �rea ou se apresentam como especialistas em �reas n�o reconhecidas pelo Conselho Regional de Medicina. Criam subespecialidades para encantar e conquistar clientes �vidos por tratamentos que resolvam de forma r�pida os problemas que levam ao consult�rio.

� importante entender que nem tudo o que funciona para uma pessoa vai servir para a outra. Conhecer o pr�prio corpo e entender como funciona, suas necessidades, o que � sonho e o que � fact�vel de alcan�ar � fundamental para obter o melhor resultado em qualquer tratamento. E nem sempre a solu��o passa por suplementos, cirurgias ou tratamentos da moda.

Muitas vezes, a pessoa sofre de transtorno dism�rfico corporal, na qual ela tem uma autoimagem distorcida e nunca ficar� feliz com o resultado obtido, mesmo que seja o melhor poss�vel. Por isso, � importante conversar com um m�dico de confian�a para discutir a real necessidade da interven��o desejada. 

Um exemplo de tratamento que virou febre e � indicado por profissionais de diversas especialidades � o chamado chip da beleza, que nada mais � do que um implante de gestrinona. A Federa��o Brasileira das Associa��es de Ginecologia e Obstetr�cia (Febrasgo) bem como a Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM) j� se posicionaram contra o uso desse horm�nio  por n�o ser reconhecido pela Anvisa e pela falta de estudos referentes � sua efic�cia e seguran�a, podendo representar riscos � sa�de.

No caso da reposi��o hormonal de testosterona, essa nunca deve ser realizada com finalidade est�tica, sendo importante a avalia��o por um profissional qualificado para definir se o paciente de fato tem indica��o. O exame de dosagem dos n�veis de testosterona n�o � validado para mulheres, de forma que a reposi��o nelas nunca deve ser realizada guiada por resultados de exames, e sim por uma avalia��o cl�nica detalhada. Muitas vezes o tratamento � indicado indiscriminadamente, sem alertar ao paciente sobre todos os riscos.

Outro exemplo de procedimento da moda, que cresceu rapidamente na onda do corpo perfeito, � a lipolad, cirurgia pl�stica que remove camadas superficiais de gordura do corpo para garantir defini��o muscular e contorno corporal. Os valores geralmente s�o muito mais altos do que os da lipoaspira��o comum. Diversas celebridades j� aderiram a esse tipo de lipoaspira��o e colocam o resultado em suas redes sociais mostrando os benef�cios da t�cnica. S� que � uma cirurgia e, como tal, apresenta riscos, inclusive de morte. E isso muitas vezes n�o � falado.

A busca desenfreada por cirurgias, procedimentos, tratamentos e medicamentos sem orienta��o m�dica pode trazer graves consequ�ncias para quem se submete a eles sem o devido cuidado. O C�digo de �tica M�dica veda o uso de fotos de “antes e depois” das cirurgias, mesmo com autoriza��o do paciente para a publica��o. Essa proibi��o � importante,  pois cada procedimento realizado � individualizado e os resultados obtidos em uma pessoa podem n�o ser reproduz�veis em outra.
 
A publicidade m�dica deve sempre ter car�ter educativo, visto que se trata da sa�de dos consumidores desses servi�os e cada tratamento deve ser avaliado e realizado apenas se h� indica��o para tal, nunca estimulado por meio de promo��es ou promessas est�ticas em que n�o s�o poss�veis a garantia.


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