(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas artigo

Pol�tica, elei��es e expectativas

A pol�tica est� entregue ao fisiologismo e n�o h� qualquer sinal de mudan�as em um cen�rio de curta dura��o


08/07/2022 04:00




M�rcio S. de Santana
Professor da Universidade Estadual de Londrina – Centro de Letras e Ci�ncias Humanas e 
Departamento de Hist�ria
 
Ano eleitoral. Ceticismo, descren�a, ang�stia, manipula��o, acord�es e por a� segue a lista de adjetivos nada elogiosos. Essa tem sido a din�mica em nossa cultura pol�tica, salvo as exce��es de praxe. Dessa maneira, a cada elei��o presidencial, a sensa��o de descren�a toma conta do eleitorado. Um dos elementos explicativos reside na mentalidade pol�tica em curso, marcada pela fuga em rela��o ao tempo presente e � sua complexidade, uma vez que a pol�tica e a administra��o p�blica cedem espa�o ao marketing pol�tico.

Direita, esquerda; conservador, progressista. Duas d�ades pass�veis de mobiliza��o para adentrar a discuss�o da mentalidade pol�tica em quest�o. A pol�tica tem recebido um tratamento simpl�rio h� um bom tempo. E n�o deveria, por se tratar de coisa da mais alta relev�ncia para a sociedade, independentemente da posi��o que o sujeito ocupe na escala social ou no espectro ideol�gico. Somos, de fato, um animal pol�tico, nisso Arist�teles permanece irretoc�vel.

Ser um animal pol�tico, no entanto, n�o significa ser um animal militante, tampouco radical. E � no potencial de radicalismo pol�tico que o pleito atual tem atra�do tanta aten��o e preocupa��o, dentro e fora do pa�s, notadamente em raz�o do tecido social esgar�ado em consequ�ncia da crise econ�mica em curso, agravada pela pandemia de COVID-19. Sobretudo nas grandes metr�poles, mas n�o exclusivamente, os bols�es de pobreza crescem exponencialmente.

Os atores envolvidos no jogo pol�tico travam intensa batalha pelo dom�nio de espa�os. Cada campo pol�tico, naturalmente, busca convencer os brasileiros da efetividade de suas propostas, assim como deslegitimar as ideias dos advers�rios tanto quanto poss�vel. Manobra elementar e estrutural da atividade pol�tica. Nesse momento, sem margem para d�vidas, a quest�o social � o tema de maior relev�ncia no debate nacional brasileiro e, por isso, a agenda social permanece tema de intensa discuss�o perante a opini�o p�blica.

O des�nimo coletivo reaparece agora, t�o forte quanto em qualquer outro momento, revigorado pela baixa qualidade dos candidatos que se apresentam no pleito presidencial. Os candidatos ao Poder Executivo federal deveriam montar os seus programas de governo pautados em an�lises acerca das necessidades da sociedade brasileira. Sabemos que isso dificilmente ocorrer�. A pol�tica est� entregue ao fisiologismo e n�o h� qualquer sinal de mudan�as em um cen�rio de curta dura��o.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)