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Estado de Minas editorial

Al�vio para o bolso e arrocho no cr�dito

� preciso que o governo atue para que tamb�m os pre�os dos alimentos possam ser reduzidos


27/07/2022 04:00

A desacelera��o registrada pelo �ndice de Pre�os ao Consumidor 15 (IPCA-15), que mostra a infla��o recuando de 0,69%, em junho, para 0,13%, este m�s, revela o al�vio que consumidores de todo o pa�s est�o percebendo nos postos de combust�vel e em servi�os de energia el�trica e das telecomunica��es, mas ainda n�o nas g�ndolas dos supermercados. Pre�os da gasolina, que ca�ram 5,01%, assim como os do etanol, que baixaram 8,16%, puxaram para baixo a pr�via da infla��o oficial em julho, empurrando para o negativo os pre�os da energia el�trica (-4,61%) e comunica��es (-0,05%), servi�os que, assim como os combust�veis, tiveram a al�quota do Imposto sobre Circula��o de Mercadorias e Servi�os (ICMS) reduzida e limitada em 18% a partir de projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional no m�s passado. O per�odo de 15 de junho a 15 de julho s� n�o fechou com defla��o porque a coleta de dados pega os dias que antecederam a redu��o do ICMS, no m�s passado.
 
Mas o fato de a infla��o estar em processo de desacelera��o � al�vio maior at� agora apenas para os motoristas, ou seja, a parcela da popula��o que tem carro para uso pr�prio ou trabalho. Isso porque o caf� da manh� ficou mais caro, com o pre�o do leite longa vida subindo 22,7% e o do p�o franc�s subindo 1,47%. Em 12 meses, o leite encareceu 51,69% e o caf� teve alta de 60,29%. Al�m disso, o valor do �leo diesel, que pesa sobre os pre�os de todos os produtos transportados por rodovias do pa�s, aumentou 7,32% em julho, acumulando reajuste de 61,89%. S�o esses aumentos que fazem com que a infla��o acumulada em 12 meses ainda esteja acima de dois d�gitos, fechada em 11,39% em julho. Vestu�rio (1,39%) e Alimenta��o e bebidas (1,16%) continuam pressionando o or�amento das fam�lias
 
Esses reajustes fazem com que a desacelera��o do IPCA-15 n�o seja suficiente para que o Banco Central deixe de elevar a taxa de juros mais uma vez no in�cio da pr�xima semana. A previs�o � de que a taxa b�sica Selic passe dos atuais 13,25% ao ano para 13,75%, encarecendo o cr�dito e apertando ainda mais o cinto de empresas e cidad�os endividados. Com 77,3% das fam�lias revelando n�o ter como honrar compromissos financeiros em dia, o aumento da taxa de juros ser� mais um dificultador, revelando que o fato de o mercado de trabalho dar sinais de recupera��o n�o � suficiente ainda para permitir que parcela significativa dos brasileiros consiga pagar suas contas em dia.
 
As perspectivas s�o de que essa situa��o mude com a acelera��o da economia, ainda que de forma t�mida. A divulga��o do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, em 1º de setembro, deve confirmar o crescimento da economia no primeiro semestre deste ano, com avan�o no per�odo de abril ficando pr�ximo de 0,6% em rela��o ao primeiro trimestre, quando a economia cresceu 1%. A inje��o de recursos com saque extraordin�rio do FGTS, aumento do Aux�lio Brasil, antecipa��o do 13º de servidores e benefici�rios do INSS e lotes de restitui��o do Imposto de Renda sustenta as perspectivas de maior crescimento econ�mico este ano, com o mercado elevando as proje��es para perto de 2% de alta do PIB em 2022.
 
O otimismo com a atividade econ�mica foi refor�ado ontem, com o Fundo Monet�rio Internacional (FMI) revisando as previs�es para o crescimento econ�mico do Brasil este ano  – de 0,3%, no in�cio de 2022, para 1,7%, agora. Mas, se de um lado mais crescimento econ�mico pode representar mais empregos e mais renda, � exatamente esse fator que impede o Banco Central de manter a taxa de juros, interrompendo um movimento de aumento da Selic iniciado em mar�o do ano passado.
 
O registro de desacelera��o em junho e uma esperada defla��o em agosto, com o aumento do volume de dinheiro em circula��o, podem ser a senha para que empres�rios que at� agora seguraram reajustes, mesmo com a press�o de custos, promovam aumentos, o que pode acelerar a infla��o novamente. O aumento do vestu�rio, que acumula alta de pouco mais de 11%, pode ser um exemplo. Como a infla��o medida pelo IPCA-15 acumula alta de 5,79% no ano e est� acima do teto da meta, o Banco Central elevar� a taxa de juros. Com esse cen�rio, � preciso que o governo atue para que tamb�m os pre�os dos alimentos possam ser reduzidos, para que os brasileiros que n�o possuem carro tamb�m possam se beneficiar do al�vio no bolso e n�o apenas sofram com o arrocho no cr�dito.


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