(none) || (none)
UAI

Continue lendo os seus conte�dos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e seguran�a do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/m�s. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas editorial

Li��o b�sica para o desenvolvimento

O que se v� hoje � uma gera��o de jovens de menor poder aquisitivo com forma��o prec�ria e que pode comprometer a capacidade produtiva


21/09/2022 04:00


O Brasil est� hoje diante de um desafio que vai al�m da escolha do pr�ximo presidente da Rep�blica e governadores e que implica, independentemente dos eleitos, dar prioridade total para a educa��o em todos os aspectos, da massifica��o do ensino b�sico ao investimento em infraestrutura adequada e na valoriza��o e qualifica��o do corpo docente. O descaso com a forma��o dos cidad�os vai custar caro ao pa�s. E os efeitos do impacto negativo da m� qualidade na forma��o educacional j� se fazem sentir. 
 
Dados recentes mostram um quadro preocupante e que n�o pode ser justificado pela pandemia de COVID-19 sob pena de n�o se observar o que precisa ser corrigido e aprimorado na educa��o p�blica brasileira, que sofre com car�ncias na base e a miopia nas diretrizes das autoridades. O Censo Escolar da Educa��o B�sica mostra que o total de matr�culas de jovens no ensino m�dio caiu 5,3%, enquanto o Sistema de Avalia��o da Educa��o B�sica (Saeb) revelou, por aplica��o de provas, que, em 2021, mais do que dobrou o percentual de alunos do 2º ano do ensino fundamental que n�o sabem ler e escrever, e 22% dessas crian�as n�o conseguiam fazer opera��es como soma e subtra��o.
 
A gravidade do quadro educacional fica ainda mais evidente com o alerta feito pelo Fundo das Na��es Unidas para a Inf�ncia (Unicef) de que � urgente priorizar a educa��o no Brasil, onde uma pesquisa encomendada ao Ipec (antigo Ibope) mostra que h� 2 milh�es de crian�as e jovens, entre 11 e 19 anos, que deixaram a escola sem terminar a educa��o b�sica. Eles somam 11% da popula��o nessa faixa et�ria. Outro fator que aponta para um quadro cr�tico � o fato de a qualidade do ensino fundamental e m�dio ter estagnado na pandemia.
 
Saeb � a prova que avalia o aprendizado em portugu�s e matem�tica de alunos do 2º, 5º e 9º anos do ensino fundamental e do 3º ano do ensino m�dio, e foi aplicada em novembro e dezembro, quando muitas escolas ainda n�o haviam retornado �s aulas presenciais, com maior probabilidade de baixa ades�o ao exame. Com isso, pesquisadores dizem que n�o � poss�vel saber se os alunos que n�o fizeram a prova s�o os que n�o tinham acesso � tecnologia, no caso da educa��o b�sica, ou se se ausentaram diante da necessidade de trabalhar, no caso do ensino m�dio. Essa lacuna pode significar que os dados s�o piores do que os revelados, uma vez que jovens em vulnerabilidade social podem ter ficado fora do universo avaliado pela Saeb, que serve de base para o �ndice de Desenvolvimento da Educa��o B�sica (Ideb).
 
O que se v� hoje, lamentavelmente, � uma gera��o de jovens de menor poder aquisitivo e que dependem do ensino p�blico tendo forma��o prec�ria e que pode comprometer a capacidade futura de desenvolver atividades exigidas pelo mercado de trabalho. E isso pode ocorrer em menos de uma d�cada para os jovens do ensino m�dio e um pouco mais de tempo para os que cursam os anos b�sicos. “Para reverter o cen�rio de exclus�o e fracasso escolar, nos pr�ximos quatro anos, ser�o necess�rias pol�ticas p�blicas fortes e consistentes”, pontua o Unicef.
 
O impacto desse atraso educacional j� � sentido no mundo produtivo. Um estudo do ManpowerGroup mostrou que a falta de m�o de obra qualificada no pa�s chegou � marca de 81%, contra uma m�dia mundial de 75%. “A cada ano, as empresas t�m mais dificuldade para preencher vagas, desde as mais simples at� algumas fun��es que exigem preparo e forma��o”, observou Wilma Dal Col, diretora do ManpowerGroup, na divulga��o do estudo, em julho deste ano. J� uma pesquisa feita pela Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI) para detectar as prioridades dos empres�rios em rela��o ao pr�ximo governo mostra que educa��o � a prioridade para 34%, enquanto crescimento econ�mico (20%), redu��o de impostos (14%) e gera��o de emprego (12%) ficaram bem atr�s.
 
Para refor�ar a necessidade urgente de o Brasil priorizar a educa��o, basta lembrar o exemplo da Coreia do Sul, pa�s que com rigor educacional, investimentos em educa��o e 100% da popula��o alfabetizada saltou da condi��o de subdesenvolvido no in�cio dos anos 1990 para uma pot�ncia econ�mica mundial atualmente. Ou ainda lembrar o fil�sofo e economista escoc�s, pai da economia moderna, Adam Smith: “Embora, por�m, as pessoas comuns n�o possam, em uma sociedade civilizada, ser t�o bem instru�das como as pessoas de alguma posi��o e fortuna, podem aprender as mat�rias mais essenciais da educa��o – ler, escrever e calcular –, em idade t�o jovem, que a maior parte, mesmo daqueles que  precisam ser formados para as ocupa��es mais humildes, t�m tempo para aprend�-las antes de empregar-se em tais ocupa��es”. Ou o Brasil garante escola de qualidade para todas as crian�as e jovens agora ou n�o chegar� ao patamar de na��o desenvolvida.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)