Bellmond Viga
Cofundador e diretor de Opera��es da Kornerz
Quem nunca teve uma briga no WhatsApp atire a primeira pedra! O dito popular b�blico pode ilustrar o alcance do aplicativo de mensagem. Com mais de 120 milh�es de brasileiros no zap, o pa�s � o segundo maior mercado da empresa, atr�s apenas da �ndia. Tamanha popularidade traz consequ�ncia para o bem e para o mal.
Durante o per�odo eleitoral, vivenciamos o compartilhamento nas redes de fatos contradit�rios. Em maio, o Minist�rio P�blico Federal havia alertado sobre o aumento de fake news pelo WhatsApp. Em an�ncio recente, o mensageiro contar� com comunidades, grupos de at� 1.024 participantes e chamadas de v�deo com 32 pessoas. A novidade deve chegar ao Brasil no pr�ximo ano.
O WhatsApp � tamb�m muito presente nos neg�cios. A pesquisa TIC Empresas, divulgada pelo CGI.br (Comit� Gestor da Internet no Brasil), o WhatsApp superou o Facebook entre 2019 e 2021 e se tornou a plataforma mais popular entre as empresas. Hoje, 72% delas t�m uma conta no aplicativo. O app se mant�m tamb�m como a maior base da Meta, com 3,71 bilh�es de pessoas que a utilizam no mundo, de acordo com dados da plataforma.
Os n�meros impressionam e, apesar do t�tulo desse artigo, sabemos da import�ncia do aplicativo na conex�o de pessoas e de empresas. Contudo, como tudo na vida, � preciso equil�brio. Muitas vezes pode parecer imposs�vel a mudan�a, mas � preciso come�ar, a tecnologia e as inova��es precisam ser percebidas como um meio que permita � humanidade gerar bem-estar, desenvolvimento humano, autoconhecimento e romper barreiras sociais, uma nova abordagem e de impacto social.
Prova disso est� na pesquisa realizada pela Faculdade de Medicina da Universidade de S�o Paulo (USP). O estudo aponta que 1 em cada 5 brasileiros sofre com a s�ndrome causada pelo esgotamento mental na vida profissional. Com isso, � poss�vel entender que precisamos de uma sa�da e se autoconhecer � o primeiro passo para compreender seus limites e evitar o burnout.
Quando chegamos no embate sobre quais esfor�os as redes t�m em prol da sa�de mental, escutamos empresas apostarem nas restri��es de conte�do nocivo, promo��o de conte�do de qualidade, ferramentas de controle para o usu�rio e contato direto com centros de preven��o, mas s� isso � o suficiente?
Talvez entender os benef�cios de uma m�dia focada no bem-estar e sa�de mental � compreender a vida nos dias atuais. Muitos acabam n�o se sentindo parte de um lugar e s�o julgados por isso. Ao meu ver, uma nova cultura digital, uma web humanizada que se conecta a partir de uma perspectiva mais saud�vel e colaborativa. Deixando de dar espa�o para not�cias falsas para ent�o trocar experi�ncias, conhecimento, viv�ncias obtendo uma vida mais leve e o emocional em dia.