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Estado de Minas artigo

Por que o Brasil est� entre os pa�ses mais invadidos no mundo?


17/11/2022 04:00





Raphael Tedesco
Formado em redes de computadores pelo 
Instituto Brasileiro de Tecnologia Avan�ada (IBTA) e 
p�s-graduado em Gest�o de Neg�cios pelo Insper

Desde o in�cio de 2022 at� o m�s de julho, j� foram mais 35 ataques bem-sucedidos a grandes empresas e �rg�os governamentais no Brasil. Entre os estados que tiveram institui��es p�blicas atingidas est�o Bahia, Goi�s, Minas Gerais, Paran�, Piau�, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e S�o Paulo. J� entre as grandes empresas, as que ganharam maior destaque foram Americanas, Banco PAN, Gafisa, McDonald’s e Localiza, sendo que nem as institui��es de ensino escaparam, com invas�es nos Centro Universit�rio FMU, Grupo Marista e a Universidade Federal de S�o Paulo (Unifesp).

Os fatores relacionados ao crescimento exponencial dos ataques cibern�ticos est�o diretamente ligados aos objetivos dos grupos criminosos e ao segmento de atua��o das empresas. Institui��es p�blicas sempre sofreram com a falta de investimentos em bons especialistas e solu��es adequadas, da mesma forma com a escassez de infraestrutura tecnol�gica robusta. Al�m disso, o fator sociopol�tico impulsiona cada vez mais a polaridade entre grupos que se intitulam de direita ou esquerda, o que torna os �rg�os ainda mais vulner�veis.

J� no setor privado, o crescimento � empurrado n�o somente pela alta digitaliza��o de todos os segmentos, como tamb�m pela falta de maturidade das empresas na busca por solu��es adequadas e m�o de obra qualificada. Outro fator importante � que muitas organiza��es ainda optam por um investimento reativo, para, ent�o, tomarem as medidas necess�rias.

Mas temos um agravante em rela��o ao Brasil. Os pa�ses emergentes se tornam cada vez mais importantes no cen�rio mundial quando se avalia os indicadores da macroeconomia, o que faz com que as na��es em desenvolvimento sejam ainda mais atrativas n�o somente para investidores, como tamb�m para cibercriminosos, que enxergam nesse momento a possibilidade de roubos bem expressivos.

Segundo dados da NSFOCUS, o pa�s passou a figurar entre os dez pa�ses que mais sofrem ataques DDoS no mundo, respons�veis por causar a inoperabilidade de um servi�o. Em 60% dos casos, esse tipo de invas�o funciona como uma cortina de fuma�a para atrair a aten��o das equipes de TI para a indisponibilidade, enquanto outra vulnerabilidade � explorada simultaneamente.

Mas, independentemente da amea�a, os preju�zos podem ser enormes, porque, al�m do sequestro, poss�vel perda de dados e retirada do servi�o do ar, a gera��o de receita � diretamente impactada, o que contribui para a desvaloriza��o da marca frente ao mercado. Por isso, mais importante do que contar com uma equipe de TI grande, � ter pessoas altamente especializadas e boas ferramentas de defesa.

As solu��es de prote��o s�o essenciais e mesmo para aqueles empreendedores que n�o possuem altos volumes de investimento para a �rea de seguran�a existe a possibilidade de realizar a contrata��o desses servi�os no modelo pay per use ou as a servisse, pois no mercado de TI h� v�rias fornecedoras que trabalham desta forma.

De acordo com dados do Sebrae, cerca de 27% do PIB no Brasil � gerado por empresas de pequeno e m�dio porte (aproximadamente 9 milh�es de neg�cios formais), com faturamento anual de at� R$ 4,8 milh�es. Por se tratar de empresas que costumam investir pouco em tecnologia, sobretudo em seguran�a, acabam ficando ainda mais vulner�veis e suscet�veis ao risco.

Diante desse cen�rio, como o mundo est� lidando com os maiores grupos de cibercriminosos j� vistos at� hoje, a melhor defesa � a preven��o. As empresas devem redobrar a aten��o por meio de pol�ticas r�gidas de gest�o de dados, manter sistemas atualizados e ferramentas modernas capazes de identificar e proteger contra novas amea�as, de forma r�pida e eficaz e, principalmente, contar com especialistas altamente capacitados e boas pr�ticas entre os funcion�rios.


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