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Estado de Minas editorial

COVID-19: os riscos da desmobiliza��o

O repique dos cont�gios, associado � identifica��o de novas subvariantes do coronav�rus, encontra o pa�s com relaxamento generalizado nas pol�ticas de preven��o


25/11/2022 04:00


A pandemia de COVID-19, que muitos se apressaram em dar por encerrada antecipadamente, volta a dar sinais de alerta em todo o pa�s, e desperta aten��o para outra realidade que se acreditava superada: a falta de vacinas, agravada pela estagna��o da imuniza��o e pela baixa procura, mesmo por grupos para os quais h� doses dispon�veis. 
 
Depois de uma queda consistente no total de casos a partir de meados de julho, o Brasil volta a detectar aumento nos diagn�sticos, que superaram 22 mil no �ltimo balan�o de 24 horas do Minist�rio da Sa�de, com m�dia m�vel de 20 mil para o per�odo de sete dias seguindo tend�ncia de alta, segundo dados de ontem do Conselho Nacional dos Secret�rios de Sa�de. 
 
J� a Funda��o Oswaldo Cruz (Fiocruz) detecta em seu mais recente boletim o aumento de infec��es pelo coronav�rus entre os diagn�sticos positivos de S�ndrome Respirat�ria Aguda Grave em estados de todas as regi�es do pa�s. Pior: dos casos graves, 93,3% dos que resultaram em morte tinham rela��o com a COVID-19. 
 
Com o repique das infec��es, entidades como a pr�pria Fiocruz voltam a aconselhar o uso de m�scaras em locais fechados, com ventila��o restrita ou com aglomera��es. A recomenda��o � extensiva, mesmo em outros ambientes e situa��es, a pessoas com fatores de risco para complica��es da COVID-19, como idosos, mulheres gr�vidas, pacientes com baixa imunidade ou com outras doen�as associadas. 
 
Em cidades como Belo Horizonte, a prote��o facial j� voltou a ser obrigat�ria em servi�os de sa�de e de transporte, e recomendada nas mesmas situa��es preconizadas pela Fiocruz. Chama a aten��o o fato de o munic�pio alegar falta de vacinas suficientes para ampliar a cobertura de quarta dose para a faixa et�ria abaixo de 40 anos – refor�o que j� vem sendo aplicado em parte do pa�s a maiores de 18 –, al�m de enfrentar escassez de imunizantes para o p�blico infantil.
A situa��o da capital mineira, somada a alerta atribu�do ao Tribunal de Contas da Uni�o sobre o descontrole federal quanto � vacina��o, espelha uma preocupa��o nacional: o repique nos diagn�sticos de cont�gio pelo coronav�rus, associado � identifica��o de novas subvariantes, encontra o pa�s com relaxamento generalizado nas pol�ticas de preven��o, aus�ncia de campanhas oficiais e incapacidade de abastecer estados e munic�pios de imunizantes suficientes para proteger suas popula��es.
 
Nesse sentido, vale observar avalia��o feita pela Funda��o Oswaldo Cruz em documento intitulado “Conviv�ncia com a COVID-19 na Fiocruz”, divulgado no fim da �ltima semana. Em meio a recomenda��es voltadas para o p�blico interno, a entidade cient�fica lembra que em 22 de abril deste ano o Minist�rio da Sa�de declarou o encerramento da Emerg�ncia em Sa�de P�blica de Import�ncia Nacional em decorr�ncia da pandemia, dando prazo de 30 dias para que estados, munic�pios e institui��es federais adaptassem suas normas � nova condi��o.
 
“Essa declara��o n�o representa o fim da pandemia, situa��o mundial regulamentada pela Organiza��o Mundial da Sa�de (OMS), e n�o significa menor necessidade de medidas de vigil�ncia e de preven��o da COVID-19 definidas pelos gestores do SUS nos tr�s n�veis federativos e pelas institui��es que possuem regulamenta��o sobre o tema”, alerta o texto da Fiocruz. A funda��o chama ainda a aten��o para o fato de que a decis�o federal trouxe impactos para as compras e contrata��es p�blicas necess�rias para enfrentar a doen�a, al�m de interferir nos registros de produtos para preven��o e tratamento e at� na regulamenta��o do trabalho presencial ou remoto de servidores p�blicos.
 
Para piorar, a atual gest�o federal, acusada de j� n�o ter respondido satisfatoriamente � pandemia no auge da mobiliza��o mundial, se encontra em clima de paralisia. Uma condi��o que n�o transmite perspectivas de melhora at� o in�cio o ano, quando assume o governo eleito – este por sua vez ainda incapaz de atuar oficialmente, al�m de totalmente envolvido em quest�es or�ament�rias e pol�ticas.
 
O pesadelo da desassist�ncia vivido nos piores momentos da pandemia, quando faltavam vacinas, leitos, respiradores, sedativos e at� oxig�nio em alguns pontos do pa�s, ainda est� vivo na mem�ria dos brasileiros. Mesmo que em escala infinitamente menor, por ora, a popula��o n�o esperava ter de se preocupar novamente com ele t�o cedo.


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