Eduardo Vasconcellos
Diretor financeiro e cofundador da VOLL
Todos os anos, milh�es de cart�es banc�rios s�o emitidos no Brasil. Segundo o Banco Central, o pa�s fechou 2020 com 134 milh�es de cart�es de cr�dito, 167 milh�es de d�bito e 23,7 milh�es de cart�es pr�-pagos ativos, o que significa um aumento de 12%, 26% e 90%, respectivamente, em rela��o ao ano anterior. Feitos de pl�stico, cada cart�o banc�rio descartado na natureza pode levar mais de 300 anos para se decompor, tempo em que libera gases de efeito estufa (GEE) e contamina o solo e as �guas.
Dentro do n�mero de cart�es emitidos, n�o est�o apenas aqueles feitos para pessoas f�sicas, mas tamb�m os cart�es corporativos. Quando olhamos para o setor empresarial, que naturalmente tem rotatividade de colaboradores se compararmos �s d�cadas anteriores, estamos falando de uma enorme emiss�o de cart�es corporativos em curto prazo, gerando ainda mais descarte. O baixo tratamento do lixo no Brasil, com toneladas indo parar em lix�es, agrava ainda mais a situa��o.
De acordo com o Programa das Na��es Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), em relat�rio publicado em 2021, os pl�sticos representam 85% dos res�duos que chegam aos oceanos e s�o a mais prejudicial e persistente fra��o de lixo nos mares. Essa polui��o pl�stica deixa um rastro at� chegar �s algas, impactando todos os ecossistemas do planeta. Os micropl�sticos absorvidos, inalados ou ingeridos j� est�o afetando a sa�de de animais e seres humanos.
Os cart�es biodegrad�veis tamb�m n�o s�o a melhor solu��o, porque a ci�ncia j� descobriu que eles geram res�duos qu�micos em sua decomposi��o. Biodegrad�veis ou n�o, � preciso avaliar o impacto ambiental desse produto em toda a sua cadeia, desde a sua feitura at� chegar �s m�os do usu�rio. Cada cart�o implica, pelo menos, no uso de uma embalagem de papel e/ou pl�stico, na emiss�o de carbono durante o transporte at� o propriet�rio e sabe-se l� quantas notas fiscais f�sicas sendo geradas ap�s a entrega.
At� pouco tempo n�o existia outra alternativa �s empresas brasileiras que parecesse t�o eficiente a n�o ser continuar emitindo cart�es corporativos para seguir com seus neg�cios. Mas com a evolu��o tecnol�gica dos pagamentos digitais, isso tem mudado rapidamente. De acordo com um estudo da PwC e da Strategy&, o volume de pagamentos digitais no mundo deve aumentar em mais de 80% at� 2025. Por isso, alternativas inovadoras t�m sido desenvolvidas, como o rec�m-lan�ado VOLL Pay. A nova ferramenta � uma solu��o de pagamentos digitais que entrega uma gest�o completa de despesas corporativas. O VOLL Pay serve n�o apenas para mobilidade e viagens corporativas, mas para qualquer gasto que o colaborador tenha fora da empresa para fins de trabalho, como estacionamento, ped�gio ou alimenta��o, por exemplo. Ao mesmo tempo, a solu��o contribui para a agenda mundial de sustentabilidade.
A taxa de reciclagem do pl�stico no Brasil ainda � baix�ssima e o pre�o do material reciclado � mais alto, o que tamb�m n�o contribui para sua implementa��o no mercado. As pessoas ainda se preocupam mais com o descarte de cart�es, pensando que seus dados possam ser roubados, o que faz o objeto geralmente ser descartado incorretamente. Por isso, para impactar menos o meio ambiente, a �nica solu��o poss�vel para o futuro � a digital. Por esse meio podemos garantir uma revolu��o para o mercado corporativo ao diminuir despesas geradas pelo modelo convencional de pagamento e contribuir com as metas de ESG das grandes corpora��es.