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Estado de Minas EDITORIAL

Crescimento reduz desigualdade social

� preciso reconhecer que n�o ser� uma caminhada f�cil at� que a economia recupere as for�as


05/03/2023 04:00

N�o h� melhor forma de reduzir as desigualdades sociais que o crescimento econ�mico. Quando a atividade produtiva avan�a, emprego e renda andam juntos, refor�ando a sensa��o de bem-estar da popula��o. Esse deve ser o objetivo principal de qualquer governo. Infelizmente, nas �ltimas tr�s d�cadas, o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas produzidas pelo pa�s, mostrou-se err�tico, muitas vezes por decis�es equivocadas na condu��o da economia. O sentimento que imperou na sociedade foi sempre o de frustra��o.

Portanto, passou da hora de o Brasil se reencontrar com o crescimento econ�mico. Mas isso s� ser� poss�vel se todos os atores p�blicos e privados se unirem em torno de um projeto que seja sustentado e fact�vel. De nada adiantar� promessas mirabolantes se, mais � frente, imperar o desapontamento. Todos sabem que o pa�s tem enorme potencial. Tanto que, mesmo com os recentes problemas pol�ticos, os investidores estrangeiros continuaram despejando recursos na economia. No ano passado, foram mais de US$ 90 bilh�es, quase o dobro do observado em 2021. Na prefer�ncia do capital externo, o Brasil s� ficou atr�s das duas principais pot�ncias do planeta, Estados Unidos e China. Um feito, ressalte-se.

As perspectivas, por�m, n�o s�o as melhores. Dados divulgados na �ltima quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE) apontaram queda de 0,2% no PIB no �ltimo trimestre de 2022, refor�ando que a produ��o e o consumo come�aram o ano com o p� no freio. H� incertezas no horizonte, sobretudo em rela��o � infla��o e �s contas p�blicas. As proje��es para o custo de vida encostam nos 6%, bem distante da meta de 3,25% perseguida pelo Banco Central, e falta o novo arcabou�o fiscal, em substitui��o ao teto de gastos, que o governo promete divulgar nos pr�ximos dias. A economia depende, fundamentalmente, de um ativo: previsibilidade. � o que se espera ao longo de 2023.

Os impactos maiores se fazem presentes em duas das principais alavancas da economia: a ind�stria, que recuou 0,3% entre outubro e dezembro ante os tr�s meses imediatamente anteriores, e os investimentos, que tombaram 1,1% na mesma base de compara��o. S�o setores que dependem muito das taxas de juros, que, neste momento, est�o nos n�veis mais altos em seis anos. A taxa b�sica (Selic), definida pelo Banco Central e que serve de par�metro para a forma��o do custo do dinheiro, est� h� meses em 13,75% ao ano. Para que ela possa baixar, no entanto, � preciso a garantia da responsabilidade fiscal, com a qual o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se comprometeu, e de que a infla��o voltar� �s metas.

� preciso reconhecer que n�o ser� uma caminhada f�cil at� que a economia recupere as for�as. Mas os respons�veis por recoloc�-la nos trilhos devem, a todo momento, dar sinais concretos de que n�o haver� aventuras nem retrocessos. A responsabilidade aumenta porque o pa�s n�o poder� contar com o mundo, como em v�rios momentos das �ltimas duas d�cadas. A previs�o � de que a atividade global ande devagar, com algumas pot�ncias, como Estados Unidos e Alemanha, flertando com a recess�o. A China, principal parceiro comercial do Brasil, aponta desempenho melhor que o esperado, depois de sair de um duro confinamento por causa de um forte surto do novo coronav�rus.

Sendo assim, que se fa�a o dever de casa. Sem bravatas, a confian�a ser� restabelecida, e os agentes econ�micos se sentir�o confort�veis para tirar das gavetas projetos de investimentos que v�o resultar em mais empregos e em aumento da renda, t�o corro�da pela infla��o alta. Os brasileiros est�o �vidos por tempos melhores. Que os seus anseios sejam, enfim, atendidos.


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