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Estado de Minas 2 de Abril - Dia Mundial de Conscientiza��o do Transtorno do Espectro Autista

A vis�o do fonoaudi�logo


02/04/2023 04:00

Flaviana Gomes
Conselheira do Crefono 6 (Conselho Regional de Fonoaudiologia 6ª Regi�o)

Muitas pessoas est�o se perguntando sobre o grande n�mero de pessoas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e a diversidade dos sintomas. Ele come�ou a ser estudado h� muitos anos e, por muito tempo, acreditou-se que o comportamento autista da crian�a era por culpa da fam�lia, principalmente das m�es. O entendimento do autismo passou por muitas mudan�as e atualmente � visto como uma intera��o entre fatores ambientais e gen�ticos, portanto, n�o h� uma causa �nica.

TEA � definido como um transtorno do neurodesenvolvimento que se manifesta cedo e pode ser identificado antes da crian�a ingressar na escola. Elas podem apresentar dificuldades persistentes na comunica��o e na intera��o social, pouca habilidade com a linguagem gestual e limita��o para manter e compreender relacionamentos. O diagn�stico tamb�m requer a presen�a de padr�es restritos e repetitivos de comportamento, como movimentos com as m�os, pulos no mesmo lugar, enfileirar objetos, se apegar a partes espec�ficas dos objetos (rodinha do carro, por exemplo) etc.. Esse transtorno pode acarretar preju�zos no funcionamento pessoal, social, acad�mico ou profissional.

No Brasil, n�o existe uma pesquisa que mostre a sua preval�ncia, mas nos EUA sabe-se que 1 a cada 36 crian�as com 8 anos de idade � diagnosticada com TEA (CDC, 2023), que acomete mais meninos que meninas. Para chegar ao diagn�stico, que � essencialmente cl�nico, a crian�a deve passar por uma avalia��o multiprofissional – m�dicos, fonoaudi�logos, psic�logos, terapeutas ocupacionais e pedagogos. Na pr�tica cl�nica tem-se observado que uma grande quantidade de crian�as nascidas na pandemia est� exposta a muitas horas de telas diariamente e est�o inseridas em um ambiente pouco estimulador. Consequentemente, apresentam o atraso na linguagem oral infantil (n�o falam na idade certa e preferem brincar sozinhas). Mas ser� que todas essas crian�as apresentam o TEA? Para chegar ao diagn�stico, faz-se necess�ria a comunica��o entre a equipe para identificar todos os sinais e sintomas espec�ficos desse transtorno. E se a fam�lia tem d�vida quanto ao desenvolvimento da comunica��o e linguagem de seu filho(a), precisa procurar ajuda do fonoaudi�logo, que � o profissional capacitado para avaliar essa queixa espec�fica e fazer os encaminhamentos necess�rios. Muitos pais se sentem angustiados e perdidos e buscam informa��es em diversas fontes, que podem n�o ser confi�veis. O fonoaudi�logo com especializa��o em linguagem dar� todo esse suporte para a fam�lia, com orienta��es sobre como estimular sua crian�a em casa e nos diversos ambientes sociais.

Os primeiros sinais e sintomas do TEA podem aparecer muito cedo. Os beb�s, ainda com meses de vida, j� conseguem se comunicar pelo choro, pelos movimentos corporais e intera��o face a face. O beb� que � muito ap�tico ou irritadi�o, n�o responde aos sorrisos dos familiares, tem pouco interesse nos brinquedos, n�o produz sons pode acender um alerta aos pais. Por volta de 1 ano de idade j� � esperado que fale as primeiras palavras, aponte o que deseja, mande tchau com as m�os, mande beijos e tenha boa intera��o com o adulto. Outra situa��o � quando a crian�a se desenvolve bem, fala dentro do esperado para a idade, mas por volta de 2 a 3 anos, interrompe esse processo, e para de falar ou diminui drasticamente o seu vocabul�rio. Em rela��o ao comportamento, existem aquelas que s�o mais agitadas, enquanto outras mais quietas e passivas. O comportamento costuma ser muito r�gido, a crian�a tem dificuldade em mudar a rotina di�ria, alterar o caminho de casa para escola, precisa separar as roupas ou alimentos por cores etc.. Cada crian�a ter� sua caracter�stica pr�pria e suas particularidades. O tratamento dessas crian�as deve atender � sua demanda espec�fica, respeitando seus gostos e interesses.

Atualmente, TEA � classificado em 3 n�veis de suporte. N�vel 1, a crian�a � mais independente do cuidador, realiza suas tarefas com autonomia, � uma crian�a geralmente com boa produ��o da fala e com interesses muito espec�ficos. No n�vel 2, a crian�a j� depende um pouco mais dos cuidadores, apresenta maior dificuldade na comunica��o social e pode apresentar mais movimentos repetitivos e rigidez no comportamento. No n�vel 3, a crian�a � dependente integralmente, pode ter mais epis�dios de agressividade e autoagress�o e aus�ncia da linguagem oral.

O TEA tem tratamento e esse indiv�duo pode avan�ar significativamente na sua comunica��o e intera��o social, atenuar os comportamentos mais agressivos, melhorar a rigidez, ter ganhos emocionais, cognitivos e sociais. Essa condi��o n�o tem cura e a pessoa necessita do olhar atento da fam�lia e de sua rede de apoio para que se desenvolva adequadamente. Importante ressaltar que os sintomas, isoladamente, podem n�o configurar o diagn�stico de TEA, tornando a avalia��o interdisciplinar fundamental.


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