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Estado de Minas Editorial

Acordos com a China restritos � economia

A posi��o de neutralidade do Brasil na disputa entre China e Estados Unidos por hegemonia exigir� que o pa�s restrinja as rela��es aos aspectos econ�micos


12/04/2023 04:00

A viagem do presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) para a China envolve acordos comerciais que podem garantir a reativa��o da f�brica de autom�veis em Cama�ari (BA) fechada pela norte-americana Ford e a venda de aeronaves da Embraer para o mercado chin�s. No lugar da Ford, tende a entrar a chinesa BYD, fabricante de carros el�tricos, enquanto a fabricante brasileira de aeronaves deve fechar contrato para entrega de 20 avi�es comerciais E-195-E, com valor estimado de mais de US$ 1 bilh�o. Os dois acordos buscam, de um lado, garantir investimentos chineses no Brasil voltados para a reindustrializa��o e, de outro, abrir o mercado do pa�s asi�tico para produtos transformados brasileiros.

Hoje, a China � de longe o maior parceiro comercial do Brasil, uma rela��o que vem desde 2009, quando o gigante asi�tico superou os Estados Unidos como principal destino das nossas exporta��es. Naquele ano, as vendas do Brasil para a China somaram US$ 20,2 bilh�es, contra US$ 15,4 bilh�es em produtos destinados aos Estados Unidos. A corrente de com�rcio foi respectivamente de US$ 36,1 bilh�es e US$ 35 bilh�es. Al�m de maior parceiro, a balan�a comercial com a China ficou superavit�ria em 2019, enquanto com os EUA o resultado foi um d�ficit para o Brasil. As exporta��es para a China representam mais de 30% das vendas externas brasileiras, mas est�o praticamente restritas a min�rio de ferro, soja e petr�leo.

De l� para c�, o interc�mbio brasileiro com a China se multiplicou, com as exporta��es para o pa�s asi�tico representando US$ 91,2 bilh�es no ano passado. Esse valor � quase o dobro do que o Brasil vendeu para os Estados Unidos no ano passado (US$ 49,89 bilh�es). Na rela��o com as duas maiores economias do planeta, o Brasil continua superavit�rio com a China (US$ 29,6 bilh�es) e deficit�rio com os EUA (-US$ 1,41 bilh�o). Al�m de ser o maior parceiro comercial do Brasil, a China integra o bloco econ�mico formado por ela, Brasil, �ndia, R�ssia e �frica do Sul, o Brics. Mas mais do que rela��es comerciais, o presidente Lula ter� que lidar com a press�o dos chineses para que o pa�s integre o projeto Belt and Road, que realiza investimentos chineses em pa�ses ao redor do mundo e do qual j� participam pa�ses da Am�rica Latina, da Europa e na��es africanas.

O plano consiste na forma��o de uma grande rede de infraestrutura, principalmente, portos, rodovias e ferrovias, para conectar continentes visando o escoamento de mercadorias. A ades�o do Brasil representar� uma aproxima��o maior e que envolver� tamb�m a cria��o de uma c�mera de compensa��es para que as rela��es comerciais entre os dois pa�ses ocorra sem a necessidade do uso de d�lares, como os chineses j� fazem com a R�ssia e com pa�ses �rabes, numa tentativa de reduzir a for�a da moeda norte-americana. Essa posi��o vem com um pedido do governo chin�s aos pa�ses com os quais tem rela��es comerciais e integram o projeto batizado como “Nova rota da seda”.

A ades�o do Brasil ao Belt and Road e a cria��o da c�mara de compensa��o ocorrem no �mbito dos Brics, mas aos olhos dos Estados Unidos representam uma aproxima��o da maior economia da Am�rica Latina com a segunda maior economia do planeta, num gesto pol�tico que pode exigir da diplomacia brasileira mais do que apenas o seu prest�gio internacional recuperado a partir de janeiro. A posi��o de neutralidade do Brasil na disputa entre China e Estados Unidos por hegemonia exigir� que o pa�s restrinja as rela��es aos aspectos econ�micos, preservando sua posi��o de relativa independ�ncia na pol�tica internacional. No encontro entre o presidente Luiz In�cio Lula da Silva e o l�der chin�s Xi Jinping estar�o sobre a mesa mais do que compra e venda de produtos e negocia��es de paz na Ucr�nia. As negocia��es envolvem a nova geopol�tica em forma��o no mundo e o Brasil tem de estar preparado para ser cobrado de um lado e de outro.


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