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Estado de Minas Editorial

Nada de surpresas no Banco Central

O momento exige serenidade e bom senso, com o Executivo fazendo, da melhor forma poss�vel, o que lhe cabe e o BC corrigindo o que for necess�rio


09/05/2023 04:00

O governo indicou dois nomes para a diretoria do Banco Central, institui��o que tem recebido muitas cr�ticas dentro do governo e de empres�rios, por causa da taxa b�sica de juros (Selic), de 13,75% ao ano, a mais elevada em sete anos. Gabriel Gal�polo, atual secret�rio executivo do Minist�rio da Fazenda, dever� ocupar a �rea de Pol�tica Monet�ria, e Ailton Aquino dos Santos, funcion�rio de carreira do BC h� 25 anos, a de Fiscaliza��o. Tais nomea��es, se aprovadas pelo Senado, devem ser vistas como um movimento de rotina, n�o como uma declara��o de guerra dentro do �rg�o que tem a nobre miss�o de manter a infla��o sob controle para garantir o poder de compra da popula��o, sobretudo, a mais pobre.

O presidente Luiz In�cio Lula da Silva tem aproveitado muitas de suas declara��es p�blicas para confrontar o presidente do BC, Roberto Campos Neto, sob o argumento de que os atuais n�veis da taxa Selic inibem o crescimento da economia e, por consequ�ncia, a gera��o de empregos e o aumento da renda. Trata-se de uma posi��o pol�tica, mas o chefe do Executivo precisa compreender o papel t�cnico do Banco Central. N�o ser� a partir da nomea��o de dois diretores que o posicionamento atual da autoridade monet�ria vai mudar, ainda que o debate no comando do �rg�o passe a incluir vis�es distintas, o que � saud�vel para todos.

Desde a ado��o de regime de metas de infla��o, em 1999, o Banco Central tem feito um trabalho importante para manter a credibilidade da pol�tica monet�ria. � verdade que, em todos esses anos, houve erros e exageros por parte da institui��o. Por�m, no c�mputo geral, o BC manteve firme a credibilidade que construiu. A sociedade – em especial, os formadores de pre�os – precisa acreditar que o custo de vida n�o sair� do controle, o que n�o � tarefa f�cil num pa�s com um p�ssimo hist�rico de infla��o descontrolada. Tentar destruir esse pilar de previsibilidade custar� caro para o pa�s, que n�o cresce h� mais de uma d�cada.

A independ�ncia do Banco Central, garantida em lei, � um escudo importante contra inger�ncias pol�ticas na institui��o. Contudo, um tiroteio constante contra o �rg�o e o que decide o Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) acaba solidificando a desconfian�a. Para um Brasil que precisa urgentemente impulsionar a atividade econ�mica e melhorar a qualidade de vida da popula��o, esse n�o � o caminho adequado. Pelo contr�rio. O momento exige serenidade e bom senso, com o Executivo fazendo, da melhor forma poss�vel, o que lhe cabe e o BC corrigindo o que for necess�rio. � do jogo democr�tico.

Ao anunciar os nomes dos dois indicados para o Banco Central, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, serenamente, disse que todos v�o respeitar as leis e trabalhar, conjuntamente, para baixar a infla��o, retomar o crescimento da economia e garantir a justi�a social. N�o h� espa�o para estripulias. Governo e BC, portanto, devem manter uma sintonia civilizada em prol do pa�s. Optar por um ambiente tensionado resulta em menor apetite por parte do capital privado em tirar projetos de investimentos das gavetas, fundamentais para que o Produto Interno Bruto (PIB) saia da letargia em que se encontra.

O Senado, certamente, n�o ter� problemas para aprovar os nomes de Gal�polo e de Aquino dos Santos – por sinal, o primeiro negro a assumir uma diretoria do Banco Central. O atual presidente da institui��o j� indicou que v� os dois futuros diretores com muito bons olhos. O BC n�o ser� um estorvo para o pa�s, que tem uma longa lista de problemas a enfrentar para entregar o que a sociedade mais deseja: uma economia em crescimento, com infla��o sob controle, empres�rios e consumidores confiantes e oportunidades para todos. Nada al�m do trivial. O Brasil tem pressa.


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