Desde um homem parapl�gico que voltou a andar com implantes eletr�nicos no c�rebro at� um paciente que teve o pulm�o operado fora do corpo, n�o h� como negar que a medicina avan�ou muito no primeiro semestre de 2023. Amanh� (5/8), Dia Nacional da Sa�de, � poss�vel comemorar alguns adventos tecnol�gicos que t�m melhorado ou aumentado a sobrevida dos seres humanos.
Se nas d�cadas de 1980 e 1990 a Aids era considerada a doen�a mais letal da �poca, antes, claro do coquetel antiaids, o c�ncer e seus mais de 100 tipos e subtipos - ao lado das doen�as cardiovasculares e do acidente vascular cerebral (AVC) –, tomaram esse lugar faz tempo. E assim a medicina tamb�m evoluiu.
Intelig�ncia artificial, rob�tica, terapias-alvo (que atacam apenas mol�culas espec�ficas do tumor), medicamentos cada vez mais eficazes e menos danosos ao corpo humano. Estamos assistindo ao lan�amento de novas drogas para doen�as antigas, vide o exemplo de medicamentos experimentais contra o Alzheimer e outras dem�ncias, reduzindo assim o decl�nio cognitivo de pacientes contra a doen�a em est�gio inicial. E tamb�m a descoberta de doen�as raras, que at� ent�o n�o eram conhecidas pela maioria dos brasileiros.
J� se fala em mais de um caminho de cura para o c�ncer retal e padronizou-se tamb�m o tratamento contra o linfoma de Hodgkin, com bons resultados para pessoas diagnosticadas de todas as idades.
E a COVID-19. Sobressaiu positivamente o lado humano, a corrente dos profissionais da linha de frente que se criou em torno de tantos mortos e seus familiares, vacinas A,B,C e D, para v�rias vezes que o coronav�rus mutava. Doa��es, solidariedade, ora��es por todo o pa�s, mesmo com tantas fake news.
Formas diferentes de lidar com a dor, com a ang�stia, com a depress�o. As terapias alternativas n�o s�o mais alternativas. Elas contagiaram (no sentido mais positivo da palavra) a medicina e o casamento tem dado certo. A tr�ade alimenta��o, exerc�cios f�sicos e sa�de nunca foi t�o perseguida como nos �ltimos anos. O estilo de vida (life style) tornou-se objetivo para muita gente, que tem buscado a natureza, o campo e o sossego.
Por outro lado, esse Brasil nosso, um pa�s t�o dicot�mico, vive �s turras na �rea de sa�de, flutuando entre a situa��o ideal e a indesejada, como se pud�ssemos tratar a vida dessa forma. Infelizmente, ainda falta tanta coisa por aqui. SUS realmente para todos, planos de sa�de mais baratos, acesso a medicamentos b�sicos, valoriza��o dos profissionais (e n�o somente dos m�dicos), menos filas nas unidades b�sicas, conscientiza��o da popula��o, campanhas destinadas aos v�rios p�blicos, educa��o na escola, maior destina��o de verbas �s pesquisas e seus pesquisadores.
Enfim, a lista � longa, portanto autoridades, pol�ticos e quem possa se sentir convidado. Cuidem da sa�de dos brasileiros. Ainda faltam cinco meses para o ano acabar.