Henrique Medeiro
Especialista em gest�o e psicanalista, autor do livro “C�lulas Sociais Ca�rdicas – O caminho para um novo mundo”. � formado em Tecnologia da Informa��o com MBA em Gest�o Empresarial pela FGV e tem mais de 25 anos de experi�ncia no mercado de tecnologia
Hoje, no Dia Nacional do Voluntariado, vale lembrar que n�o � verdade a afirma��o de que, ao se doarem, as pessoas n�o desejam nada em troca. � justamente o contr�rio! O volunt�rio tem o grande sonho de mudar o mundo, de acabar com a indiferen�a, a gan�ncia e a soberba, doen�as que paralisam e corroem a nossa sociedade. Para ele, a simplicidade, a sensibilidade, a empatia e o amor s�o a cura. A a��o, o comprimido.
O volunt�rio, em ess�ncia, � aquele que n�o consegue conviver com a nefasta indiferen�a humana e todos os males que ela tem causado a n�s mesmos e ao planeta. Ele mostra interesse genu�no pelo outro; est� junto nos momentos dif�ceis, criando rela��es baseadas na confian�a, no apoio m�tuo. O volunt�rio � a gota que move o oceano, a semente que levanta florestas.
Seu maior superpoder � se colocar no lugar de outra pessoa, seja na busca de solu��es para problemas ou quando conseguimos levar um m�nimo de felicidade para aqueles que mais precisam. Como a alma de um palha�o, a do volunt�rio se alimenta de pequenos sorrisos de crian�as doentes, idosos abandonados ou pessoas carentes. Essa aptid�o para se identificar com o outro, sentindo o que ele sente, desejando o que ele deseja, aprendendo da forma como ele aprende tem um nome: empatia.
Tivemos, ao longo da hist�ria diversos exemplos de como o voluntariado contribuiu para mitigar os efeitos de cat�strofes clim�ticas, pandemias e outras trag�dias. No entanto, n�o � somente nos grandes eventos que ele est� presente, atuando firmemente para que pessoas, animais e natureza fiquem um pouco menos vulner�veis. S� quem deu a m�o a algu�m em situa��es dif�ceis sabe o quanto ajudar o outro aquece o cora��o.
Espero que, de agora em diante, assim como nos unimos em momentos cruciais para a evolu��o da humanidade, tamb�m possamos construir um novo mundo em que pessoas se importam com pessoas. O caminho? Sabemos de cor: criar, urgentemente, as pequenas c�lulas sustent�veis, colaborativas, emp�ticas, solid�rias e pac�ficas: as C�lulas Sociais Ca�rdicas. Juntas, elas ir�o promover as transforma��es necess�rias. S� nos resta, prazerosamente, percorrermos esse caminho.