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Estado de Minas editorial

Guinada de 180o na educa��o

Estrat�gia do governo, escola de ensino integral e conectividade, tem fortes indicativos que poder� suprir as necessidades do pa�s


26/10/2023 04:00
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Levantamento recente – "Education at a Glance 2023" –, feito pela Organiza��o para a Coopera��o e Desenvolvimento Econ�mico (OCDE), revelou que os investimentos do Brasil no ensino superior chegam � m�dia dos pa�ses desenvolvidos. Em contrapartida, s�o tr�s vezes menores em rela��o � educa��o b�sica. Uma discrep�ncia que ainda fica mais acentuada com um hist�rico de descontinuidade de investimentos no setor. Sem desfavorecer as universidades federais e as demais etapas do ensino, o governo federal est� focado na educa��o b�sica, a fim de reduzir o analfabetismo entre as crian�as e a evas�o escolar. Hoje, o analfabetismo � realidade para cerca de 32 milh�es de crian�as.

Entre 2019 e o ano passado, mais do que dobrou o n�mero de crian�as entre 7 e 9 anos que n�o sabem ler, segundo estudo do Fundo das Na��es Unidas para a Inf�ncia (Unicef), com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domic�lio  (PNAD Cont�nua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). Uma das causas dessa triste realidade foi a pandemia de COVID-19, que eclodiu no in�cio de 2020, imp�s o isolamento social. Escolas foram fechadas, a educa��o a dist�ncia n�o foi acess�vel a todos, entre outras dificuldades que romperam com a normalidade no processo educacional, bem como em todos os setores e na vida dos brasileiros. Outra raz�o foi o desmonte do Minist�rio da Educa��o nos �ltimos quatro anos.

Em entrevista aos Di�rios Associados, o ministro Camilo Santana coloca a alfabetiza��o das crian�as, na idade certa, como a etapa mais importante do ensino. Segundo ele, uma crian�a que n�o aprende a ler e a escrever ter� seu ciclo escolar comprometido. O ministro acrescenta que esse � tamb�m um dos motivos da evas�o escolar, da distor��o idade e s�rie, do aumento do abandono e da reprova��o. Para vencer esse desafio, o ministro cita o di�logo com os governos estaduais e municipais; os programas sociais, como Bolsa Fam�lia, Primeira Inf�ncia e outros exemplos cunhados da sua experi�ncia como governador do Cear�. Os avan�os conquistados pelo Cear� na educa��o colocou o estado como exemplo a ser seguido por outras unidades federadas.

Mas, al�m dessas medidas, a educa��o em tempo integral ganha posi��o de destaque na revis�o da pol�tica educacional do pa�s. O prop�sito � tornar a escola um ambiente atraente para crian�as e jovens, oferecendo n�o s� o conte�do da grade curricular, mas tamb�m alimenta��o, atividades criativas, esportivas, culturais e acesso ao mundo virtual. Na vis�o do ministro, trata-se de uma pol�tica de seguran�a e de preven��o da viol�ncia. O modelo prev� que, no ensino m�dio, as escolas ofere�am ensino t�cnico, atendendo a uma demanda dos jovens.

A estrat�gia do governo, sustentada no trip� alfabetiza��o, escola de ensino integral e conectividade, tem fortes indicativos que poder� suprir as necessidades do pa�s. Uma mudan�a de 180o em rela��o ao que vinha sendo projetado em governos passados. Nesse aspecto, a pol�tica de educa��o n�o pode ser de autoria desta ou daquela administra��o. Mas instrumento indispens�vel para a erradica��o das mazelas sociais e econ�micas que envergonham o pa�s.

Imp�e-se como importante que os bons resultados alcan�ados se tornem pol�tica de Estado, dissociada de matizes ideol�gicos e partid�rios. Est� mais do que comprovado que a educa��o, em todos os n�veis, � o pilar do desenvolvimento de um pa�s. Aos 523 anos, o Brasil est� atrasado. No cen�rio internacional, ainda � visto como pa�s em desenvolvimento, quando poderia, h� muito, estar no patamar das na��es desenvolvidas.


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